Um amor chamado barba

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/FacaAmorNaoFacaABarba

Não sei o resto da população feminina — e nem me importa saber — mas eu, dentro dos meus infinitos gostos bizarros, alimento uma paixão insana por homens barbados. É que eu enxergo a barba como um agravante na beleza masculina. O moço é apresentável sem barba. Ok. Com barba ele atravessa essa linha tênue e deixa de ser apenas apresentável. Ele se torna lindo, incrível, maduro, másculo… Homem.

Segundo o dicionário, barba significa “pêlos do queixo e das faces”, mas peraê, né, gente? Sabemos que vai muito além disso. É de forma quase inocente que uma barba cresce e habita um rosto e é, ainda com ingenuidade. que ela diz muita coisa. Sim, queridas, barbas falam. Elas balbuciam sobre o trajeto de vida de um homem, revela detalhes sobre cada um deles. É só observar pacientemente — e admirar.


Parafraseando o que disse Schopenhauer em A Arte do Insulto, “a barba, por ser quase uma máscara, deveria ser proibida pela polícia. Além disso, enquanto distintivo do sexo no meio do rosto, ela é obscena: por isso é apreciada pelas mulheres”. Salvo a ideia de que a barba deveria ser proibida pela polícia — gente, mas que absurdo é esse?! esse Schops não é fácil, viu… —, concordo com ele. Há, sim, muito de obscenidade numa barba. Ela é capaz de despertar as mais diversas sensações, os mais impudicos pensamentos. Ah, uma barba… Certa vez ouvi de uma amiga o seguinte desabafo: “beijar um homem com barba é como ir a um piquenique. Você não se importará de passar por pequenos arbustos para chegar lá”. E não é que faz todo sentido? Seguindo essa premissa, a barba faz com que a gente se sinta na posição de desbravadora. E existe coisa mais divertida que explorar uma região que, até então, nos era desconhecida? Não, não existe. Eu não sei ao certo qual a origem dessa minha fissura por barbas, visto que, quando criança, minha relação com ela era de ódio. O critério pra eu detestar um cara na minha infância: barba e bigode. Como é de conhecimento público, as coisas mudaram pra mim e eu não sei a razão. Talvez tenha sido essa paixão pela essência das coisas, pelo natural, pelo que é simples. Talvez tenha sido, simplesmente, por que eu cresci e passei a enxergar homens como homens (!), e, concordemos, a barba faz essa referência à masculinidade genuina. Reiterando o que foi dito por Schopenhauer, ela atua como distintivo do sexo. Ou seja, só eles têm. Só eles.

Há aquelas que preferem uma pele lisinha — sério? como vocês conseguem? —, totalmente desprovida de pêlos. Há, também, aquelas mais exigentes, que se dividem em subgrupos: as que gostam de uma barba meio ralinha, uma barba crescidinha, uma barba enorme. E, no meio de todas, existo eu, que gosto de qualquer uma. Na mais dura realidade, é a barba que me seduz primeiro — depois, se ela me convencer, aí eu paro pra observar o resto. Sabe, é que me encanta essa selvageria que me remete uma barba. Essa imagem animalesca. Um pouco agressiva, um pouco exótica e exorbitantemente máscula. É lindo de se ver.

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Encerrando esse texto, declaro, através de uma frase super clichê, o seguinte: Desculpem-me os “desbarbados”, mas barba é fundamental.

E quem tiver a sua, que cultive-a, em nome de Jesus.

Beijos,

Mari.

1 comentários No Um amor chamado barba

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