A língua não tem ossos

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Passando meus olhos pelo face book vi essa mensagem, e coincidentemente eu justamente estava pensando nisso, no fato das pessoas falarem o que pensam, muitas vezes em horas impróprias e pior sem nem tomar cuidado com o que diz.
Essa semana tive várias experiências como essa. Sim, tive que engolir vários sapinhos, sapos e inclusive sapões. E calar meu bem, é uma arte difícil de aprender, mas muitas vezes necessária se queremos continuar convivendo com as pessoas.
Confesso que pra mim, calar quando alguém não me trata bem é algo que ainda me provoca certo desconforto, a falta de educação está em todos os lugares, porém eu sigo vivendo, sigo sorrindo e acabo esquecendo o ocorrido, pois afinal de contas a língua não tem ossos e muitas pessoas a usam como se fosse uma arma que solta labaredas de fel por todos os lados. Tenho pena de humanos assim.
Pior ainda é quando a tal língua fere alguém a quem você tanto ama, e pior que você sabe ser algo injusto. Quando esse órgão desossado resolve colocar em prática o seu veneno é preciso vestir uma armadura potente pra tentar, pelo menos, não sofrer um dano ainda maior.
Muitas agressões, brigas, tragédias tiveram sua origem na língua, então pense bem…
Muitas separações, tristezas, rompimentos comerciais começaram porque alguém disse o que o outro jamais gostaria de ouvir.
Remediar o que foi dito é algo que às vezes causa um desconforto ainda maior, eu fico profundamente irritada quando alguém fica se justificando, se desculpando, inventando outras formas de convencimento a fim de tentar apagar o que disse.
Mas infelizmente nosso cérebro não é um caderno e nossos ouvidos não são borrachas, acabamos guardando as palavras ásperas dentro de nós, e acreditamos que se alguém consegue destilar tanto fel em nossa direção é porque na verdade não se importa nem um pouquinho com o que sentimos.
Já dei a minha face muitas vezes nessa vida quando senti que valia a pena, porém para tudo tem um limite.
Se você é portadora de uma língua especialista em destilar inverdades, fel, soberba, aprenda que um dia você encontrará alguém que a faça entender o quanto é desagradável ter que conviver com pessoas assim.
Agora, se você é aquela pessoa que passa por momentos difíceis de suportar, e sente uma vontade imensa de se afastar dessa língua maldosa e não pode por “N” motivos, tranquilize-se, assim como eu, a vida ensina a filtrar as palavras alheias e armazenar dentro de si apenas o que vale a pena.

Sara Mel
23/02/2013
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Jussara de Melo, escrevo nas categorias crônicas e poesia e espero utilizar esse espaço como forma de recuperar o romantismo, a sensibilidade e a formosura feminina que nós mulheres todas temos dentro de nós. Nos meus textos você encontrará: amor, desejo, emoção, fantasia, esperança e muita paixão. Frase preferida: Antes de falar, escute. Antes de ler, pense. Antes de criticar, espere. Antes de orar, perdoe. Antes de desistir, tente. E-mail: [email protected]

1 comentários No A língua não tem ossos

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