Artigo pedido pela leitora do mês de outubro Thais Rosa Moura

A música é o remédio da alma triste, é gratuito, sem contra indicações e sem nenhum efeito colateral. Podemos abusar de seu uso, não tem prazo de validade e é completamente indicado nos casos de depressão e inclusive pode ser prescrito para os que sofrem de problemas do coração, criaturas apaixonadas costumam suavizar suas dores em contato com ela.

Os sábios reconhecem o valor de um acorde, identificam a pureza do som quando ouvem uma melodia única, a música é a revelação superior  a toda sabedoria e filosofia, o Rei David quando queria entrar em contato com o criador cantava e bailava nas ruas, tirava suas vestes e as rasgava, deixando que seu corpo se expressasse em agradecimento ao Senhor apenas com a música que ele possuia.

Você alguma vez já ouviu dizer que um músico se aposentou? Os músicos não se aposentam, param quando não há mais música em seu interior, pois é tão maravilhoso possuir o dom da música que o ser que a possui somente se aleja dela se nele não conter mais essa dádiva. E a música o alimenta, o nutre com saúde mental e mesmo quando o autor deixa de existir a música continua pulsando, continua existindo através dos tempos, através do vento que a leva onde exista ouvidos dispostos a apreciar-la.

Onde há música não pode haver maldade, e não havendo o mal o bem prevalece, a mente se alegra, o corpo regogiza a alma agradece. Quando nossa alma está livre, quando temos a alma sã, somos fortes, somos seres melhores, o amor exala por nossos poros, a música enche nossa vida desses prazeres singelos, atrevidos que costumamos sentir sem perceber.

Por muitas vezes a vemos de outras formas, a arquitetura é uma música petrificada, quando ouvimos os sons que as construções emitem, o bater de uma porta nos lembra a vida que pulsa, o estalar dos assoalhos indicam que não estamos sós, a campanhia avisa que temos um lugar que é nosso, onde ouvimos nossas canções preferidas, e lembramos das festas, reuniões entre amigos, a paixão acomodada num dos aposentos desta casa, onde a música fica gravada, e a ouvimos toda vez que ali permanecemos.

Eu por exemplo, não sei uma nota de música, nem preciso, reconheço aquela que me completa quando a ouço por primera vez, tenho guardadas muitas em minha alma, e as canto toda vez que delas necessito para acalmar-me, não preciso ser uma excelente interprete para repetir refrães e me deleitar de prazer, por vezes me vi cantando aquela canção que ninguém mais canta simplesmente porque ela me remete a momentos felizes ou introspectivos, são minhas canções, minhas recordações, afasto a solidão quando canto, danço e me perco nesse mundo auditivo.

Depois do silencio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimivel é a música, simplesmente porque cada um de nós sentimos a música de forma muito particular, cada qual do seu modo, cada alma se alivia do modo que mais lhe apraz, o importante é saber que quando você sabe disso, consegue ser muito mais feliz.

Sara Mel

27/12/2010

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Be (Fernão Capelo Gaivota) Neil Diamond

COMENTÁRIOS ADICIONAIS: “A música é o remédio da alma triste.” (Walter Haddon)

“A música é a revelação superior a toda sabedoria e filosofia.” (Beethoven)

“Os músicos não se aposentam – param quando não há mais música em seu interior.” (Louis Armstrong)

“Onde há música não pode haver maldade.” (Miguel de Cervantes)

“A arquitetura é uma música petrificada.” (Arthur Schopenhauer)

“Não sei uma nota de música. Nem preciso.” (Elvis Presley)

“Depois do silêncio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimível é a música.” (Aldous Huxley)