O alcoolismo já é uma coisa batida, que sempre ouvimos falar na TV, nas revistas e nas conversas entre grupos.
Na maioria das vezes, é apenas um ato de prazer quando saímos para se divertir, beber, dar risada com os amigos, mas quando isso passa a ser todos os dias e se torna uma rotina o sinal vermelho deve começar a piscar.
Preferimos não enxergar, aceitamos, ficamos caladas. Homem bêbado já é chato, imagina todos os dias? Não tem como não perceber que algo errado acontece. Não adianta camuflar.
Mas e quando ele acontece dentro de casa? Quando o marido ou o namorado, não consegue ficar sem aquela cerveja e visivelmente se altera, briga e as vezes até bate?
O grande problema do Alcoolismo é que o único responsável para que esse problema se resolva é o bêbado. Ninguém e nada o fará melhorar e aceitar que tem uma doença se não ele próprio. E a aceitação é a parte mais complicada, mas ela pode acontecer.
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E nesse drama a mulher tem apenas duas escolhas: Separar e ir cuidar da vida ou ajudá-lo a aceitar um problema e tratar.
Assim como o alcoólatra deve decidir que quer para de beber, a mulher deve decidir se ajuda ou se vai.
Não acho que uma pessoa deva abandonar seu amado em uma condição difícil, aliás, o amor se fortalece nas complicações da vida.
Porém, a mulher não é a culpada por ele beber. E não deve aceitar a escolha do outro como um destino ruim de sua própria vida, principalmente se ela está sendo agredida, maltratada e quando digo isso não é somente no campo físico mas também, fazendo a sua vida um inferno, brigando, chegando tarde, com reações grosseiras.
Nem sempre o amor justifica tudo. A não ser seu amor próprio.
Do que adianta amar alguém, que somente te agride e não quer ser ajudado a resolver o problema?
Entenda o problema, vá a fundo sobre o assunto, busque se informar melhor, mas não se deixe cegar, pois se você não identificar a tempo, poderá ficar tão destruída mentalmente como ele, por sofrimento e falta de atitude.
Salve a sua vida e sua família, busque ajuda para o seu amor, conheço muitos e muitos casos de recuperação, provas vivas de amor e de resiliência, mas se coloque em primeiro lugar.
Não aceite violência, seja física ou psicológica.
“ O alcoolismo é uma doença onde há dependência do uso de álcool. O alcoólatra tem grande dificuldade de parar de beber, está sujeito aos mesmos riscos do abuso de álcool mas, como não consegue abandonar a bebida, apresenta muitas vezes uma deterioração na saúde, na família, no trabalho e no círculo de amizades.
O abuso do álcool e o alcoolismo estão entre os principais problemas da nossa sociedade. O álcool é uma droga como a heroína, a cocaína e o crack. Por que ? Porque altera o estado mental da pessoa que o utiliza, levando-a a atos insensatos, muitas vezes violentos. Pior, causa mais problemas à família e à sociedade. Infelizmente, faz parte da nossa cultura o seu uso.
O alcoolismo é um conceito completamente diferente. É uma doença, devendo ser tratado como tal. Acredita-se que seja causado principalmente por predisposição genética, segundo achados mais recentes, e em menor parte pelo ambiente (mas as pesquisas e opiniões divergem muito sobre essa questão), não podendo ser considerado de modo algum falha de caráter. Mesmo sendo importante a quantidade do álcool ingerido, essa é uma conseqüência. Para definir uma pessoa como alcoólatra é mais significativo analisar o impacto do álcool na sua vida e se já tentou parar e não conseguiu.
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 5 anos. Outro conceito diferente de grupo de apoio é o de “Consumo Controlado”, onde recomenda-se o uso em doses adequadas da bebida. A principal diferença é que no primeiro o alcoólatra tem que reconhecer que é incapaz de controlar a própria vida, no segundo afirma-se que o alcoólatra deve retomar esse controle.”
Fonte:www.hepcentro.com.br
Consulte também os sites do A.A e Al-Anon, que são grupos sem fins lucrativos de auto-ajuda para o alcoólatra e familiares. Procure uma sala de reunião em sua cidade.
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/
P.S.: Esse texto foi destinado a mulheres, mas mulheres também podem sofrer de alcoolismo.
Karen F.
4 comentários No Bebida x Mulher
Oi Karen!
Escreveu com muita propriedade… Adorei!
Pena que essa realidade esteja se tornando rotina no Brasil e no mundo.
Infelizmente a maioria das pessoas que passam por essa dificuldade não conta
para ninguém, por medo de rejeição ou de demonstrar fraqueza.
Entendo que exista solução, mas um alcoólatra, parando de beber, trocará de vício não é?
Gostaria de saber mais.
Beijo
Conheço vários casos de pessoas com sérios problemas com bebida… vixe, isso não é fácil não, principalmente para a família.
O post me fez lembrar do bêbado, personagem do livro do Pequeno Príncipe… quando o Pequeno Príncipe pergunta ao bêbado porquê bebe e ele responde: -bebo para esquecer que bebo!
A mulher na realidade vira co-dependente do marido/namorado neh?! Me corrija se eu estiver errada, Márcio…
Da mesma maneira que um dependente desenvolve uma ligação com a droga que não consegue controlar, o co-dependente estabelece uma relação de submissão com o outro que não consegue controlar…
Mas hoje, tem um grupo de ajuda para esse caso também… é o Coda (Co-dependentes Anônimos). 😉
Excelente post Karen!! Um problema sério e alarmante desde muito tempo.
Só para acrescentar, o termo alcoólatra que designa o dependente de álcool foi abandonado por remeter ao significado de idolatria ao álcool, que não é o caso.
O termo correto, utilizado atualmente é “alcoolista”. 😉