Olá!
Bom, sou noiva e temos um filho de 3 anos. Com o passar dos anos fui muito decepcionada pelo meu noivo com milhares de traições, e decidi me separar mesmo amando muito. Sofri horrores no início, mas depois de 3 meses só em casa trancada chorando com meu filhinho, decidi atender o apelo das amigas e sair um pouco, conheci gente nova foi muito bom, me libertei um pouco. A partir dai comecei pegar o gosto pela vida e me amar, fiquei mais bonita e confiante. Meu noivo me viu feliz por ai e decidiu virar gente. Fez de tudo para voltarmos.
Moral da história, voltamos com ele me amando muito e eu totalmente indiferente, como ele fazia comigo antes, afinal a volta sempre vem, mas ele tem sido uma pessoa boa e tento manter uma família para meu filho.
Início do problema: Eis que surge Ricardo( nome fictício) um homem alto, bonito, moreno. Eu coloquei os olhos nele e senti um frio na espinha coisa que nunca senti antes, como se estivesse revendo alguém muito querido. Foi estranho e muito bom ao mesmo tempo. Ele me olhou com profundidade e vi se sentiu algo forte por mim também, então desde esse dia o Ricardo vem me olhando sempre, (me encarando mesmo) na frente do meu noivo e parece não estar nem aí pra ele.
O cara faz loucuras, se planta do meu lado na balada e fica me olhando fixo, chega a ser sem noção. Vai sozinho e fica parado na nossa frente olhando sem parar, nunca tem uma namorada, só fica vez ou outra com alguém e bem na minha cara me olhando o tempo todo! Não sei como meu noivo não nota! O Ricardo tem várias comunidades no Orkut sugestivas, por exemplo: “Durma com os anjos e sonhe comigo”, “Que saco tudo faz lembrar você!” e etc. Eu gosto dele também e acho que ele sabe pois retribuo os olhares, ele já nos seguiu de carro certa vez também.
Bom, são atitudes de uma pessoa que parece gostar, mas não sei se vale a pena, queria muito uma ajuda!!Pleaseeeeee!
bjos.
Olá E.,
Primeiramente obrigado por participar do CM enviando sua história. Sabe, a palavra encanto sempre foi uma palavra que me chamou atenção, mas nem tanto por ser uma palavra, mas pelo que ela pode vir a representar-se. Creio que os relacionamentos têm que se basear na simplicidade do encanto. Encantar-se com o outro é ver quem ele realmente é, é abraçar a sua essência sem preconceito, ao mesmo tempo em que também é permitir-se ser tocada por aquele que te encanta. Quem se encanta, canta com o outro, para o outro e sem se preocupar se há afinação ou não, rs.
Cada encanto pode se manifestar através de pequenos detalhes, mas no geral é aquele sentimento que te pega por dentro, te vira do avesso, te faz derreter-se com a fala, o cheiro, a vibração da energia daquele que está ao seu lado e tudo isso de uma maneira natural, em seu próprio ritmo e cores.
A indiferença é justamente algo que vem do lado contrário, é algo que não é bom e nem ruim, é indiferente, indiferente porque não há um peso para certas coisas em nossas vidas, elas ficam sem gosto, sem cor, sem paisagem. Não creio que o início do problema foi quando surgiu o Ricardo, ele apenas fez com que você olhasse para o lado. Antes disso, como você mesma relatou, já havia a tal da indiferença, e não pense você que os filhos não percebem isso.
Podem ser novinhos e não entender certas coisas, porém, coisas ligadas ao sentimento e a falta dele são rapidamente captadas. Digo isso porque não é se “firmando” em uma relação que só há um sentimento de carinho e amor de uma parte que o conceito família será concreto. Família é no plural e esse plural inclui sentimento e amor que contagiam a todos.
Separações são possíveis de serem explicadas e compreendidas por todas as idades. Às vezes separações são tão importantes que se tornam libertações, pois abrimos a porta da possibilidade para o exercício da nossa liberdade, de dizer o que queremos, o que não queremos perto de nós, de dizer o que nos causa felicidade e prazer na vida e na cama. Refletir sobre isso pode lhe ajudar na sua decisão, mas não crie situações para tentar manter a aparência de alguma coisa. Quando fazemos isso estamos dando a idéia de que aparências funcionam e as pessoas podem viver com isso, mas isso é felicidade? Digamos que você viva pela sua vida com alguém que você não tenha afeto, com explicar isso? O que te prende?
Porque em uma situação como essa ensinamos que o sentimento próprio não tem tanta importância e com isso geramos pessoas inseguras que não apostam no que sentem, que podem não acreditar em si e na busca pela felicidade. E no futuro, quando for ter alguém do lado pode repetir essa história e a felicidade acaba nem passando pela porta.
Não estou determinando que esse caminho será o único, mas é um caminho que passa todas essas questões. Ninguém precisa disso, há sempre um lugar para nós no mundo e no coração de alguém, mas é preciso buscar.
Até mais!
Márcio Oliveira
[email protected]
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