Olá!
Hoje teremos um texto do Rodrigo Martins, que se candidatou a autor do blog. Em breve, teremos mais posts dele. Comentem se gostaram do post.
FULL DISCLOSURE: Antes de começar esse texto eu preciso fazer uma confissão. Eu tenho um problema. Meu nome é Rodrigo Martins e eu sofro de surtos de sinceridade excessiva. E convenhamos, especialmente em relacionamentos, sinceridade demais pode ser um problema. Parece estranho, mas eu explico.
Sabe aquelas cenas clássicas de piadas, charges e todo outro tipo de humor em que uma mulher fala sem parar e o cara não dá a menor bola? Pois bem, sempre fui contra isso. Não sou daqueles caras fechados, nem acho que homem só pensa em sexo (apesar de pensarmos bastante). Relacionamento é também diálogo, é saber um do outro, inclusive das coisas chatas. A comunicação precisa ser constante – só faço o alerta de que jogo do time do coração é um momento sagrado ao qual nenhuma outra regra se aplica (no meu caso, se o timbu tá jogando, é impossível ver ou ouvir outra coisa).Sempre evitei ser um daqueles caras que só faz cara de paisagem, balança a cabeça e faz “hum-rum” de vez em quando, mas que ao final da conversa fica em maus lençóis quando a companheira faz pergunta que você não sabe responder. Pelo contrário. Dou atenção, pergunto, comento, confirmo se já conheço algum dos envolvidos (sempre achei incrível como as conversas femininas têm várias personagens); enfim, converso. E gosto disso.
A bronca é que nem sempre dá para fazer isso. Não que seja falta de empenho. Mas, às vezes a cabeça está cheia, estamos com problemas, trabalho, briga na família, ou então tomamos uma cerveja a mais e estamos com o raciocínio um tanto mais lento. Comigo, é normalmente nesses momentos em que chega aquela conversa que tem um enredo cheio de minúcias e pessoas desconhecidas (por favor, não entenda como sarcasmo, pois não é).
Nessas horas, minha saída é sempre um bom e velho: “calma, que essa conversa está muito confusa e eu não estou entendendo nada”. Não é estereótipo, nem uma forma de mudar de assunto ou tentar fazer você se calar, é a mais pura verdade. Mas antes que eu consiga explicar, já estou diante de uma avalanche de “você não presta atenção em nada do que eu falo” ou “sempre a gente só pode conversar sobre o que você escolhe” e finalizado com o fatídico “fica difícil a nossa relação desse jeito”.
O que é incrível, por duas razões: porque se não estivesse prestando atenção (ou ao menos se esforçando para isso) não acharia nada confuso, apenas acenaria positivamente com a cabeça; e também porque esta reação seria exatamente a mesma, caso você fosse pego sem saber o que responder àquela pergunta que normalmente vem ao final de longas histórias.
É nessas horas que você para e pensa. Se eu quisesse ser malandro, enrolar, não prestar atenção (sem ser descoberto), talvez não passasse por essa situação. Mas como disse, eu sofro de surtos de sinceridade excessiva – da mesma forma que digo que não estou entendendo, com certeza acabaria dizendo que não estou prestando atenção. Nos dois casos, no entanto, o que vale é a sinceridade, que não vem da vontade de fazer você se calar, mas de ouvir com a atenção que a pessoa merece.
Até a próxima.
Siga o CM nas redes sociais: Clique AQUI!
9 comentários No Essa conversa está muito confusa, não estou entendendo nada
texto caro este hemmm ,pois é só que as vezes fingir tmbem vale ne? porque excesso de sinceridade consome paciência limitada
Adorei o Texto, eu também sou assim, tenho déficit de atenção… não é de propósito hahah
Rodrigo que texto é esse? Muito bom!!!
Sua sinceridade esclareceu algumas coisas pra mim.
Aprovado!!!!!!!!!
Beijos!!!
Rodrigo, gostei do seu texto!
Fico na torcida para que você seja aprovado
beijuss da sara 😉
Gostei muito Rodrigo!!!
Realmente não é todo homem que é capaz de aguentar as nossas conversas e quando vemos que o cara realmente presta atenção aí que desembestamos a falar… hauhuahua…
bjs e Boa sorte!
Rapaz, meu esquema nessas horas é fazer captação de telenovela. Só pego os flashs. Evidente que me preocupo quando a fala está do meio para o final. O encaminhamento para hora fatal do feedback obrigatório. No desespero é só pegar a ideia que parece central da trama e faz render, desenvolve alguma pergunta. Até porque ninguém tem de estar sempre inteiramente disponível para o outro. Daí vale o esforço de oferecer o que pode, mesmo que não seja muito
Grande Rodrigo! Super aprovado o texto, gostei muito, tá de parabéns, abração
Adorei seu texto, Rodrigo. Além de escrever muito bem, suas opiniões são bem fundamentadas. Aliás, acho que você é o primeiro homem que demonstra ter um pouco de paciência com as nossas conversas intermináveis e cheias de detalhes.
hehehehe. Super aprovado!
Eu gostei e muito. Ele já conquistou minha atenção logo no final da 2a linha.
Escreve muito bem, tem uma linha de raciocinio coerente e cômica.
É detalhista, mas escreve de uma forma envolvente e dinâmica. Aprovadíssimo!!!!
Privacy Overview