Boa Tarde Dr Neuronio,
Bom, vou te contar a historia desde o inicio, para que possa realmente me ajudar…
e no blog, pode pôr LETICIA.
Bom, conforme te falei antes, procurei esse professor la na faculdade, exclusivamente para me ajudar, por ele ser separado ter um filho pequeno achei que seria uma boa orientação… mas passou 1 mês mais ou menos que ele me orientou… quando encontramos no corredor, ele sempre pergunta se esta tudo bem, mas assim tudo bem mesmo ? Insisti sempre… e desde então temos nos falado, ai um belo um dia ele me passou o celular e disse para eu ligar, e pra eu não deixar de procuáa-lo, “AQUI VAMOS NOS FALANDO, ME LIGA?”.

Aíi beleza, teve um evento eu participei ele era o coordenador e tudo mais… dentre tantas pessoas ele sempre fica olhando me chamando para ficar mais na frente, sempre muito atencioso, até que comecei achar estranha demais essa tanta atencao… aí passam os dias, e sempre nos olhando ate que um dia ele disse: “você tem meu telefone pode me ligar, a gente conversa e tal”, mas eu disse “ah, professor, incomoda”. Então ele respondeu: “Deixa disso, Letícia. É para ligar liga mesmo, você vai ligar” Até que um dia liguei… ele atendeu e disse que me ligava daqui a pouco passou meia hora, ele liga e eu já atendo dizendo:” Estou ligando pra te agradecer, mas minhas dúvidas são pequenas, meu problema não é tão grande assim, valeu por tudo… não me leve a mal quando eu não ligo ou não te procuro mais, mas é porque realmente não tenho mais porque te procurar, tudo está indo bem”. Ele então fala: “Mas Letícia, eu disse pra você me ligar pra gente conversar a toa mesmo, jogar conversa fora, mas vamos nos falando esses dias.

“Mas FULANO, você é tão ocupado, tão cheio de compromissos, que não quero atrapalhar. É mais facil você me ligar”

‘Então, Leticia, como são seus horarios?”

Eu expliquei e ficou por isso, no “vamos nos falando,  BEIJOS.”

Até então tudo bem… passou 1 semana e teve outro evento na faculdade. Quando eu estava entrando no auditório, ele disse: “Leticia, eu não entendi nada que você me falou aquele dia”. Eu disse para conversamos depois e ele concordou.

Quando o evento acabou, fui até a mesa que ele estava e disse que o que falei na ligação não era nada demais e não tinha importância. Então ele disse: “Pois é, mas eu falei pra gente conversar a toa mesmo, jogar conversa fora.” Respondi que então tudo estava certo, e que já que ele tinha o meu telefone, poderia me ligar.

Passaram os dias e ficamos no olha olha. Até que um belo dia, bati na porta da sala, ai ele veio ate mim, e disse “Olha, senhorita” e beijou a minha mão… Então perguntei o dia que ele estaria na facul de novo porque queria conversar com ele, então ele respondeu. Mas nessse mesmo dia tive um lance com o pai da minha filha, porque ele quer levar ela p casa dele no fim de semana por algumas horas, e como ela é bebê ainda, fiquei com receio. Estando aflita, liguei para o fulano para pedir conselho, já que ele insistiu tanto e deu brexa. Comecei a falar, sendo educada ao máximo quando ele sugeriu que chamássemos o pai da minha filha para conversamos os três, já que ele também estuda na mesma faculdade. Ele complementou dizendo que achava que estava sendo anti-ético, e que deveríamos fazer a coisa certa (detalhe eu estudo de manha, ele dá aula de manhã e o pai estuda à noite). Fiquei super sem  graça, pedi desculpas pelo transtorno e que iria achar um jeito de conversamos. Isso que estou resumindo o máximo.

Passados dois dias, encontrei o professor na faculdade e ele me pergunta se não iríamos conversar os três. Eu falei que não porque o pai da bebê não fez tanta questão e pedi desculpas novamente, disse que não quis causar problemas, que não tinha pensado sobre a ética e achava que não haveria problema, mas estava extremamente agradecida pela ajuda e que não falaríamos mais sobre esse assunto (rindo). O professor falou: “Ah, então vamos trocar outras ideias então”. Eu respondi que sei que a relação de professor x aluna tem que ser mais distante mesmo. O fulano falou: “Que é isso, não tem nada a ver, vamos conversando”. Então falei que tudo bem, mas que nunca mais falaríamos sobre a minha filha, que ele já ajudou muito e que eu não ligaria nunca, pois na primeira conversa que tivemos, ele falou comigo mil horas no telefone e depois de uma semana fala que não entendeu nada. Na segunda fala em ética e eu quase morro de vergonha, eu que não ligo nunca mais. Sorri para não ficar  um clima pesado.  Ele apenas respondeu “A gente se fala. Vamos conversando, beijo.”

e agora DR NEURONIO??? O QUE FAZER???

Ele ainda mandou este e-mail:

Dr Neurônio, como ja tinha dito anteiormente a minha dúvida,
ontem para acabar de inteirar mandei msg ao fulano “quer sair comigo?”, mas mandei achando que tava normal em mandar. Porém, acho que me comportei como uma putona, como se tivesse indo a caça, e não era a minha intenção. Agi com o coração e deixei a razão de lado… enfim não obtive resposta, mas e aí, tem como reverter essa situacao para que eu não pareça uma oferecida ou uma puta?
Um beijo, Leticia.

Olá Letícia,

obrigado pelo e-mail. Vamos às suas dúvidas.

Bem, em primeiro lugar, mandei um e-mail pra Letícia perguntando se esses flertes que ele fazia com ele, também se repetia com outras. Ela informou que não, que era apenas com ela. Ou seja, já podemos eliminar o fator dele ser aquele galanteador que fica dando em cima de todas descaradamente, ou o amiguinho ultra carinhoso.

Você também tem que ver que relacionamentos entre professores e alunos é algo bastante complicado e até proibido por várias instituições. Entenda que ele tem que ser cauteloso.

Em segundo lugar, você deu diversos foras nele. Ele, repetidamente demonstrou que tem interesse, pedindo pra você ligar, beijando sua mão, falando que é para conversarem sobre qualquer coisa e tal e ,em todas as vezes, você deu a entender que não está interessada. Logo no começo você já fala que não tem motivos para ligar pra ele, já que tudo está bem. Nesse instante, você falou claramente que só queria ter contato para falar do seu problema.

Quanto ele ter falado aquilo de ética foi meio confuso. Não deu para entender se ele realmente não se interessava mais, ou se queria saber a sua reação. Talvez queria pegar mais alguma informação sobre como é o seu relacionamento com seu ex ou outra coisa. O fato do fulano ter chamado para conversar com o pai também, provavelmente ocorreu porque ele estuda na mesma faculdade. Acho que foi mais uma forma de se proteger, caso pudesse dar algum problema.

O que eu iria sugerir, é ir com calma e aos poucos ir soltando umas indiretas para perceber se ele quer algo com você, e no caso afirmativo, chamá-lo pra sair. Ou então, você mesma começar a dar “mole” pra ele, fazendo-o investir em você. Mas já que pulou passos, pode ignorar isso.

Veja, Letícia. Você tem uma cabeça um pouco ultrapassada. É completamente normal uma mulher convidar um homem para sair, pedí-lo em namoro (apesar de não tão comum) ou tomar iniciativa para um beijo. Você não é e nem agiu, de forma alguma, como uma “putona”. Quando uma mulher quer algo, tem que ir atrás mesmo. O que diferencia uma certinha de uma putona é a quantidade de homens com quem elas agem dessa maneira. Você chamar um pra sair é uma coisa, chamar dez é outra. Você mesma disse que agiu com o coração, então por que seria uma puta?

O único comentário que eu tenho a fazer é que você foi um pouco direta demais. Poderia ser mais sutil como “Vai fazer o que hoje à noite?” ou então até um “A gente podia fazer algo qualquer dia, não é?”. Fica mais leve e em caso de resposta negativa, o clima fica menos ch ato.

Como ele não respondeu (vamos dizer que ele recebeu a mensagem e não quis responder), o melhor a fazer é deixar pra lá. Não ligue mais, não procure-o. Quando encontrá-lo na faculdade, fale com ele normalmente como se nada tivesse acontecido, afinal nada mudou.  Mas espere um pouco para ver se ele vai comentar algo, ou até te responder. Não sei a quanto tempo você mandou a mensagem, afinal recebi este último e-mail hoje.

Você não precisa tentar reverter nenhuma situação, pois não fez nada errado. Apenas aja como se nada tivesse acontecido.

Espero ter ajudado e gostaria de receber um e-mail ou comentário aqui falando sobre o desfecho dessa situação.

Um beijo,

Doutor Neurônio