Lugar de Mulher é…

Olá meninas! Como vão? 😉

É com muito prazer que venho escrever meu primeiro artigo no blog. Como não poderia deixar de ser, pensei muito sobre que tema trataria e decidi escrever sobre mulheres que transgrediram padrões em áreas não convencionais e tipicamente masculinas.

Uma dessas mulheres precursoras foi Ada Lovelace, primeira programadora da história. Numa época em que as senhoras da corte inglesa preocupavam-se em cuidar da casa e do marido, Ada criou um algoritmo que mais tarde tornar-se-ia o primeiro software e computador do mundo. Outra mulher que quebrou paradigmas foi Amelia Earhart, pioneira na aviação no início do século. Quem ainda na assistiu ao filme, recomendo. Posso citar muitas outras mulheres de personalidade como:

Cleopatra, com sua astúcia e ousadia ao enfrentar o império romano;

Chiquinha Gonzaga que revolucionou a música de sua época;

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Joana D’arc, que se despiu da feminilidade, lutando como um feroz soldado contra a Inglaterra e acabou sendo queimada viva aos 19 anos;

Anita Garibaldi e Olga Benário, pela sua força e coragem;

Princesa Isabel, que trocou a monarquia pelo fim da escravatura;

Madre Teresa de Calcutá e Lady Di, exemplos humanitários de amor ao próximo e compaixão;

Simone de Beauvoir, escritora, filósofa e feminista francesa;

Mary Quant que inventou a polêmica minissaia;

Marilyn Monroe, que com seu jeito sexy e polêmico conquistou até o Presidente dos EUA;

Leila Diniz, símbolo da liberação feminina;

Marina Silva, pela sua luta a favor da educação e da preservação ambiental; além de Carmen Miranda, Elis Regina, e muitas outras que ajudaram a valorizar a figura feminina e acabar com muitos preconceitos e tabus.

Cada uma dessas mulheres tem histórias de vida fascinantes. E a verdade é que desde o movimento feminista dos anos 70, o espaço da mulher vem crescendo consideravelmente, apesar de dados oficiais da ONU ainda indicarem uma média salarial feminina de 20 a 30% menor na América Latina comparado ao salário dos homens nas mesmas atividades.

Tomo também como exemplo minha experiência como jogadora de poker profissional num meio majoritariamente masculino em que as mulheres representam uma minúscula porcentagem nos torneios nacionais e internacionais. Minha experiência de início nessa carreira tão excitante me fez perceber certas vantagens em ser uma mulher nesse meio. Seja competindo online ou ao vivo, nós, mulheres, conseguimos deixar nosso ego de lado em muitas situações que poderiam arriscar nosso torneio. A paciência e o instinto protetor feminino acabam influenciando na maneira como administramos nossas fichas, assim como uma mãe protege seu filho. Além disso, eu, particularmente, gosto quando passo a imagem de “burra” nas mesas. Isso confunde a maioria e faz com que eu consiga a ação desejada do meu oponente, sem falar na desconcentração que causamos. 🙂

Nos últimos anos as jogadoras profissionais de poker aumentaram os seus resultados, com muitas vitórias em grandes eventos internacionais, e alguns novos talentos emergiram. Segundo Larissa Metran, estudante de Direito da PUC-GO, que também compete profissionalmente, a cada dia, mais mulheres estão se aperfeiçoando e assumindo seu lugar no meio: “Quando comecei, há 2 anos, as mulheres eram vistas como indefesas e os homens achavam que conseguiriam blefar-nos todas as vezes e que não saberíamos tão bem quanto eles a melhor forma de agir em situações difíceis, como nos momentos decisivos de uma jogada. Hoje, nós mulheres conseguimos espaço, e apesar de ainda sermos poucas, ganhamos mais respeito e podemos jogar de igual para igual”.


Larissa ainda fala sobre a questão do preconceito devido à falta de informação. “O poker é um esporte novo no Brasil, o que faz com que as pessoas que não convivem nos bons ambientes dos torneios entendam, podendo achar estranho uma “moça” num lugar de jogo, mas muito estamos ganhando com a mídia que vêm mostrando a realidade e que não há mal algum em estar num ambiente esportivo e descontraído como o dos campeonatos pelo Brasil”.

A verdade é que todas nós que nos envolvemos em áreas peculiarmente masculinas estamos sujeitas a avaliações e julgamentos, assim como estiveram várias mulheres que quebraram barreiras e romperam limites impostos pela sociedade. É difícil lidar com o preconceito e mudar a concepção da grande massa quando o desconhecimento está presente, mas, em especial, no Poker, esse cenário está mudando com a popularização do mesmo como um esporte da mente e de habilidade, negando a imagem errônea de “jogo de azar” que muitos tinham antes, e sendo divulgado, inclusive na TV aberta, de forma muito positiva.

O ingresso, a cada dia, de mais mulheres que rompem paradigmas e quebram barreiras estabelecidas pela sociedade leva a crer que estamos dando passos importantes em direção a um mundo mais igualitário. Mais do que levantar a bandeira de nossos ideais, o que nos move é a paixão e a vontade de ir além do que nos é imposto. E você? Por que não fazer a diferença hoje? 😉

Carol Ventura

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Jornalista, cantora e jogadora de poker.

3 comentários No Lugar de Mulher é…

  • É isso aí… nada de machismo nestes tempos modernos… deixemos o machismo lá pelo séc. XV mesmo! hehehe

    Ótimo conteúdo e muito bem escrito Carol, congrats!!!

    Não é à toa que é capa da comunidade “Mulheres que Jogam Poker” no orkut! 😉

    bjos

  • Excelente texto de estréia, Carol.
    Parabéns!

  • Maria Isabel

    Parabéns, Carol. A história tem mostrado que basta querer para conseguirmos. As mulheres são fortes e assim como você, estão aí para brilhar. Excelente matéria. No aguardo da próxima.

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