Marjorie sabia que se fosse inteligente o suficiente se afastaria. Aquele homem a perturbava e roubara seu coração. Era uma menina ao seu lado, sofria ao admitir isso.
Era um gato veloz que a rodeava constantemente e depois a prendia em suas garras afiadas.
Era isso, era assim que ela pensava, suas garras as mantinham ali fixa em suas idéias; suas garras atraiam seu corpo hipnotizado à espera de seu abraço; um abraço felino.
Seu olhar noturno adormecia os seus sentidos, aguçava seus desejos, entorpecia a sua razão. E ele apenas ali, imóvel, sóbrio; atraindo a presa que ela desejava ser. Era tão duro e tão manso; mal quando deveria ser bom e suave quando deveria ser fel. E por não conhecê-lo, o amava tanto.
Era imprevisível. Quando Marjorie pensava que seria abandonada, ele a enlaçava; quando queria ser protegida, ele a deixava só. Era mais que amor o que sentia, muito mais que desejo, bem mais que paixão, ela dependia dele para respirar.
Quando ela fugia ele a buscava, quando afastava seu olhar ele a fitava, quando seus lábios se fechavam, ele os possuía.
Controlava seus pensamentos, possuía suas emoções, ora era céu, ora era inferno. E Marjorie não lutava, no fundo não queria vencer aquela batalha, desejava sua pele, queria tocar o seu suor, possuir o seu coração. E quando se sentia perto o suficiente ele sumia.
E como um gato partia, seu andar era enigmático. Silenciosamente deixava-a ainda mansa e sonolenta. Imóvel na vitrine que ficava exposta com seus desejos saciados. Ronronava e caminhando vagarosamente fugia.
Mas Marjorie sabia que os gatos sempre voltam. Ele voltaria com apetite, com seus olhos felinos, para repousar e comer da sua comida preferida: O prazer que só ela oferecia.
Sara Mel.
14 comentários No Marjorie em “Gatuno”
Boa noite Mineirim,
Que bom que você se identificou com o “gatuno”, acredito que todo homem tem algo de felino.
Quanto ao termo “gatuno” de acordo com o Aurelio é: adj. e s.m. Que ou aquele que furta.
Como em literatura os autores tem certa liberdade de uso eu utilizei no sentido de ser um homem que “rouba” o coração,que faz uso dos sentimentos de outra pessoa para seu proveito, sendo assim acabei dando um sentido poético a essa palavra, e não quis de maneira nenhuma ser pejorativa.
Continue acessando o blog e comentando.
Sua participação é muito valiosa
beijuss 😉
Gostei di+++++++, mesmo porque vc estava certa, kkkkkk, me identifiquei mt com ele, realmente é a minha cara.
Continue, minha linda Prof. seus textos estão cada vez melhores.
Parabens.
Bjssssss.
Obs: acho que o termo ( gatuno), tem um significado pejorativo, né?
Oi Mada… Com um gato desse no meu telhado até eu viajaria hehehehe beijuss 😛
Eu estou pasma, realmente a gente viaja.
sai da nossa realidade esse gato hen!!!
mexeu até com minhas fantasias.
Olá Suilane, bom te ver de novo aqui.
E pra te falar a verdade, hoje….pleno sabadão “gatuno” deve estar rosronando em algum telhado por ai.
beijuss linda 😛
Miauuuu….rsrs
Que gatinho esse….!!!
Sara.
Esse é o tipìco caso que nós mulheres adoramos, só na imaginação!
E se fosse Real jaci….???
saberia como lidar com ele?
beijuss 😀
Que texto! Quero dizer que gato, que homem.
Muito bom todas nós queremos um assim, mesmo sendo na imaginação.
Cada vez melhor hein!
Com certeza. 🙂
Pra lá de Marrakech então heim amiga hehehehe
Assim que é boa a viagem. 😉
Muito longe.
Boa tarde Drika.
Necesário saber até onde kkkkk
beijuss 🙂
Sara esse texto me fez ir longeeee.
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