Foi em momentos de desespero que me agarrei no seu ser, senti que junto a você ficaria mais protegida das más visões existentes no olhar das pessoas.
Foi em momentos de solidão que consegui te amar, pois a solidão jazia em meu coração e foi justamente você a chave de saída dessa prisão.
Foi em momentos de amargura que rasguei varias vezes a sua imagem, pois me aterrorizava saber que você não mais me queria.
Foi em momentos de felicidade que o amei, pois o amor não exige nada, apenas nós dois.
Do que é feito a vida que de momentos!
Se pararmos para pensar nada absolutamente nada dura o tempo necessário para ser infinito e a única coisa que nos resta são aproveitar os momentos. Buscamos incansavelmente pela felicidade plena e não a encontramos, buscamos viver sem problemas e quando tudo parece estar sob controle nos descobrimos ter que enfrentar e resolver mais um probleminha seja em nossa vida pessoal, familiar ou emocional.
Foi pensando nisso que resolvi que aproveitar os momentos que a vida nos oferece ainda é a melhor opção, claro que tomando os devidos cuidados para não exagerar no peso da mão e não sair por ai fazendo tantas bobagens que depois nem analgésico pode resolver.
O problema é… Quando descobrimos a tal felicidade e não conseguimos segurá-la o tempo suficiente ou o tempo que desejamos, já passei por alguns momentos como esse tipo quando me sentia tão feliz e logo depois me dava um nó na garganta, assim um medo de que acabasse e eu jamais tivesse de novo tal coisa em minha vida. Isso aconteceu no momento do nascimento do meu filho, quando passei no concurso para me efetivar, quando fiz minha primeira viagem de navio e matei de uma única vez um medo inexplicável que sentia de altura e do mar, e quando voltei a amar.
Bom… Todas essas coisas ainda estão presentes na minha vida, o momento pode ter passado, sim não conseguimos fugir do ontem, por mais que desejamos sempre haverá o minuto que se foi à hora que vivemos o ano que fui feliz.
Digo que ainda os tenho a todos porque estão guardados comigo, gravados na minha memória e às vezes os resgato para me lembrar desses momentos de plena felicidade. Sei que não podemos viver do passado, mas só sentimos saudade daquilo que de uma forma ou outra em algum momento nos fez feliz.
Sara Mel
25/06/2011
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7 comentários No MOMENTOS
É assim que penso também Bruna…lembrar dos bons momentos é muito bom. E ter novos né…por que não?
beijuss da sara 😀
A vida é um momento.. o momento ”AGORA”’
Momentos são únicos e passageiros…
Restando apenas as Lembranças.. estas ficam eternizadas em
nossa memória e coração…
Lembranças controem nossa história…nos faz reviver momentos
plenos….
Claro que se fossem apenas momentos de alegrias seria maravilhoso
Mas sabemos que não… mas assim mesmo que seja um momento de Dor
nos faz crescer e aprender dia-a-dia …
Momentos sejam de alegrias ..tristezas..angústia ou pesares….
Vivemos Á todos…Vamos então tentar relambrar somente os
de alegrias pra tentar ser Feliz um pouco mais.. lembrando daquilo
que só te fez bem!
Su…acho que quando foi algo bom e que lembramos e ainda nos sentimos bem nem tem mal nenhum recordar…né flor!!!
beijuss da sara
Obrigada pela visita 😉
Muito lindo o que escreveu…se pararmos para refletir como é tão bom o presente…os momentos seriam com certeza mais valorizados…e o passado seria algo bom de se lembrar e se sentir saudade…
obrigada Jane…
Que lindo Sara! Realmente é isso mesmo, o que passou à 1 min atrás ficará conosco e lembranças boas temos que guardar, pois nos faz bem. Achei lindo o que escreveu!
Essa é a tradução do poema de Pablo Neruda…beijuss da Sara 😉
Poema de Amor número 20
(Pablo Neruda)
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: “A noite está estrelada”,
e tiritam, azuis, os astros, à distância”.
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a quis e às vezes ela também me quis.
Nas noites como esta a tive entre meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob este céu infinito.
Ela me quis, às vezes eu também a queria.
Como deixar de amar seus grandes olhos fixos?
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o rocio.
Que importa que meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. À distância, alguém canta. À distância.
Minha alma não se conforma com havê-la perdido.
Como para encontrá-la meu olhar a procura.
Meu coração a procura e ela não está comigo.
A mesma noite que faz brancas as mesmas árvores.
E nós, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a quero, é certo, porém quanto a quis.
Minha voz buscava o vento para tocar seu ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes de meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.
Já não a quero, é certo, porém talvez a queira.
É tão curto o amor e tão grande o esquecimento.
Porque em noites como esta a tive entre meus braços,
minha alma não se conforma com havê-la perdido.
Ainda que seja esta a última dor que ela me causa
e estes os últimos versos que lhe tenha escrito.
(trad. Domingos Carvalho da Silva)
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