Daí que você conhece um cara bacana, cheio de pensamentos e gostos parecidos com o seu, um sorriso lindo e um jeitinho de bom moço, a princípio, mais lindo ainda. Uma pessoa daquelas que você olha e agradece aos céus: “Jesus, obrigada por não ter demorado tanto no envio do meu príncipe encantado à terra”. Vocês iniciam um relacionamento legal, cada vez mais íntimo, repleto de atenção e carinho e, quando menos espera, puff… O cara some. Sim, some. Do latim, vai pra p*** que o pariu sem deixar nenhuma pista, sem dar nenhuma justificativa. E você? Pode ficar aí, massacrando mil teorias afim de descobrir qual a razão para o desaparecimento do dito cujo.

Pra mim, o negócio é simples: se ele, de repente, começa a ignorar suas mensagens, não atender seu telefonema, ficar eternamente sem “entrar” no chat e blablabla. Filha, desculpa se isso soa meio grosseiro, mas ele não te quer mais (vos fala a pessoa que levou ANOS para entender isso). Não quer e pronto. Se algo tivesse acontecido, ele falaria, abriria o jogo, apelaria pra um cara-a-cara. Não pense que você fez tudo errado. Tá, ok, muitas vezes a gente faz besteira e o cara desiste porque não quer mais um problema na vida dele, mas muitas outras vezes ele não quer, simplesmente, porque não tá mais afim. Porque foi bom, mas não rola mais. E não se culpe por isso e muito menos exija algo. Afinal, cada um é livre para decidir o que quer, quem quer e fim de papo. Se, pra ele, o relacionamento chegou ao fim, cabe a você encerrar da sua parte também.

Lógico que esse é um processo lento, delicado, e inclui excluir o número dele da agenda e cancelar assinatura no Facebook, mas querendo se consegue. Só que, não, esse não é um tutorial de como reerguer a cabeça depois de um pé na bunda. O assunto aqui abordado, queridos, é outro. Falo sobre a necessidade que os homens têm em enclausurar-se nessa situação. A mulher, em sua natureza, fala pra caramba, eu sei. Mas, nessas horas, elas preferem ouvir. Tudo se tornaria mais fácil se o cara chegasse e dissesse, em resumidas e sinceras palavras, que não quer mais. Claro que, de início, ficaríamos p***s da vida —lidar com a rejeição é difícil—, mas logo logo entenderíamos, aceitaríamos e pronto: caso resolvido. Mas vocês, hein? Vocês gostam de enigmar tudo. Depois mulher que é um bicho complicado. Custa ir direto ao ponto, lindinhos?

Fiz uns cálculos aqui, umas pesquisas, uns estudos em laboratórios (calma, não usei nenhum rato para tal. comparar o cérebro de um pobre animal indefeso com o de um homem é sacanagem, né, gente? kkkk) e cheguei a conlusão de que esse é um problema que pertence a 90% dos homens e aflige 100% das mulheres. Problema esse que não existiria se vocês tivessem a mesma coragem pra terminar que tem na hora convidar pra sair pela primeira vez. FALEM! Tenham bom senso na hora de dizer que não querem mais, que não dá mais e que a pessoa precisa partir pra outra. Vocês nunca perceberam que mulheres são ruins com mímicas? Pois é, são. Sumir não vai adiantar. Ignorar muito menos. Isso só vai deixar a gente com mil interrogações e interpretações na cabeça. Vamos achar que, de alguma forma, vacilamos, cometemos algum erro, e essa aflição chateia pra caramba. Sejam específicos, objetivos e honestos. Não esperem que a gente insista, encha o saco, pra vocês, finalmente, abrirem a boca e dar dicas. Para que haja compreensão é necessário que haja clareza. Portanto, repito: FALEM.