“O pálido ponto Azul”

Carl Sagan foi muitas coisas. Cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor, pensador, mas talvez algo nele tenha se destacado muito mais frente à tantas formações, publicações e criações acadêmicas. Acima de tudo ele foi humano.

 Um humano coerente o suficiente para perceber que a matéria é apenas a matéria, que a nossa grandeza é ínfima e que nada justifica tantas coisas ruins que fazemos uns com os outros.

 No último dia 19 de julho, entre 18:27 e 18:42, hora de Brasília, a NASA direcionou a Cassini (uma sonda lançada em 1997 e que ficará no espaço até 2017) para a Terra, afim de tirar uma foto. Foto esta onde nosso planeta apareceu simples, quieto, silencioso, um ponto borrado no tamanho de um pixel na imensidão do espaço.

 Pixel é uma abreviação para Picture Element (elemento de imagem). Em outras palavras, pixel é a menor parte de uma imagem digital, sendo algumas vezes chamado apenas de ponto. Em medidas 1 pixel seria igual a 0.264583333 milímetros.

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 A foto em questão nos mostrou assim, pequeninos, seres humanos frágeis, quase imperceptíveis. Somos um pálido ponto azul, como a reflexão feita por Carl Sagan no vídeo abaixo.

 Talvez seja estranho postar um texto como esse em um site de relacionamento, o que isso realmente tem a ver? Eu testemunho histórias, e olho para elas de uma maneira que vai além de um ponto, porque é assim que percebo o mundo a minha volta diante. Ato esse que se trata apenas de uma maneira de olhar. Assim como muitas pessoas, percebo o quanto a problemática, em se tratando de relacionamento, possa ser algo mais simples, menos áspero, com mais textura, sabor, respeito, fulgor, rubor, aquecimento. Talvez nesse caso esse vídeo possa fazer sentido aqui no site.

 Por muitas vezes achamos que somos maiores que muitas coisas, e essa sensação de magnitude e grandeza nos faz pensar, ilusoriamente, que temos certo “poder” sobre as coisas e os outros, ao ponto de sermos cruéis, egoístas e desumanos. No meu “pequeno” entendimento, amar pode ser algo maior que tudo, mas não é dessa maneira que ele se constitui.

PS: Para quem gostou da música de fundo ela é: Ludovido Einaudi – The Earth Prelude

Até mais!

Márcio Oliveira

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Meu Blog: As Palavras

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Psicólogo, consultor de relacionamentos e quase Mestre pela USP-SP. Meio NERD, completo romântico, mas não abre mão de um intenso beijo na boca e um alinhamento entre coração, corpo e mente.

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