Opinião: O Melhor de mim de Nicholas Sparks

Imagem: reprodução

Eu costumava ter pavor a filmes de romance até que, há aproximadamente 8 anos, uma namorada praticamente me obrigou a ir ao cinema assistir com ela “O Diário de uma Paixão”. Digo praticamente obrigou, pois ela disse que gostaria de ver o filme comigo, mas falei que ela deveria ir ver com a mãe e irmã porque era um filme de mulher. Então ela viu, mas colocou na cabeça que eu deveria ver também. Passou uma semana torrando minha paciência, até que, na milésima insistência, eu falei que não iria gastar dinheiro com aquilo. Ela disse que pagaria a minha, deixando-me sem escolhas.

Contrariado, fui assistir ao maldito filme. E não é que eu realmente adorei e desde então, gosto de filmes de romance. Como o filme foi baseado no livro “The Notebook”, de Nicholas Sparks, interessei-me por suas obras e passei a assistir outros filmes inspirados em suas obras e , posteriormente, passei a ler alguns de seus livros.

Chegou a vez de “O Melhor de Mim”, que narra a história de Dawson e Amanda, que se apaixonaram quando adolescentes, ela de família rica e ele de uma de criminosos. A família dela era contra, é claro –  ok, lembrou o Diário de uma Paixão, mas ao menos dessa vez não eram pobres, mas criminosos, então vou fingir que são casos bem diferentes.

Depois de anos, os dois se reencontram, ele nunca deixou de amá-la, ela seguiu a sua vida – Diário de uma Paixão de novo? –  mas sempre lembrava dele. A situação foi o funeral de Tuck, um mecânico que deu abrigo a Dawson, que não queria a vida de crimes da família, e acompanhou o romance dos dois.

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Tuck deixou instruções sobre o seu funeral com pedidos em cartas aos dois. Era uma tentativa de fazer com que eles se reencontrassem. Passaram um fim de semana juntos e reacenderam a chama. Então, ele tem problemas com a família, e ela com a sua mãe que, é claro, sabia de tudo que estava acontecendo (sem querer ser repetitivo, mas Diário de uma Paixão mais uma vez?) e com seus filhos e marido. Pois é, a safadinha é casada.

O desenrolar da história é totalmente previsível, ainda mais para quem conhece as obras do Sparks, que em praticamente todas, usa as mesmas coisas.

Esse parágrafo terá uma espécie de Spoiler, mas que nada interfere na história, ainda mais se você já assistiu ou leu algo do autor, mas caso não queira saber nada que não esteja na sinopse do livro, pule para o próximo. É claro que alguém morre, como ocorre em praticamente toda obra dele) e o acontece algo muito parecido com o que ocorre no Querido John. Ao menos não tem ninguém do exército ou polícia no livro.

Ou seja, se você tem a mínima noção do trabalho do autor, você saca a história toda já na metade do livro, tornando-o monótono, previsível e sinceramente, chato. Eu, que o li internado em um hospital, antes e após uma cirurgia, mal via a hora de terminar as 270 páginas, pois não aguentava mais ler tanta enrolação já sabendo o que se desenrolaria.

De qualquer coisa que conheci do Nicholas Sparks, de longe, foi o mais dispensável. Outras de suas obras tem os mesmos aspectos, mas ao menos não são tão descaradas. Querido John, Um Homem de Sorte, Um Porto Seguro, O Milagre, e até A Última Música, Noites de Tormenta e Um Amor para Recordar (que é bem adolescente), tem ao menos alguma história de fundo envolvente, mesmo possuindo alguns aspectos de seu primeiro livro, The Notebook.

Sinceramente, não recomendo “O Melhor de Mim”, mas como já diz o título, é apenas uma Opinião, não uma resenha ou Crítica.

Um amigo que fala a realidade na cara, sem mimimi ou enrolação. Conta a mais pura e simples verdade, doa a quem doer.

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