Posologia: Agite bem antes de usar

Alguns acharão brincadeira, mas isso aqui é papo sério sim!

Se remédios tem posologia, aparelhos eletrônicos, manual de instruções, porque quando o assunto é sexo, o povo faz questão de disfarçar e mudar de assunto? Insistimos que não deveria mais ser tabu este assunto no século em que vivemos, mas quantos de nós falamos deliberadamente do assunto, sem receio, sem pudor, sem medo do que irão pensar?

Quando falo a respeito não me conformo de pedirem para eu baixar o tom da voz… como se ninguém transasse!!!

Eu ouço tantas mulheres insatisfeitas sexualmente, recalcadas, infelizes, que jamais compartilham suas angústias com seus parceiros. Muitas não tem coragem, por exemplo, de contar que nunca experimentaram um orgasmo! E eu penso que isso é tão triste, é como uma árvore frondosa que não dá frutos…

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Sim, na era da comunicação, e com tudo exposto na internet (mesmo muita coisa de forma distorcida), é vergonhoso admitir que pouco – ou nada – se sabe sobre o assunto. Então, na rodinha de amigas, quando o assunto é sexo oral, sexo anal, o jeito é dar aquela risada amarela ou então discretamente se afastar.

Me baseando em opiniões de especialistas, junto a magnífica capacitação em educação sexual pela Ong Reprolatina, chego a conclusão que o problema vem lá de trás, da educação que recebemos ainda crianças…

Quando comecei a capacitação, no meu primeiro ano de faculdade de psicologia, eu – ignorante – achei um absurdo iniciar a orientação às crianças com idade a partir de 10 anos.

Até o final da mesma semana minha opinião mudou, claro! Meu filho mais velho, que na época tinha dez anos, foi minha cobaia. Ele foi prova de que o método da Ong, adotada pela rede SUS, é eficaz. Hoje, já adolescente, conversamos normalmente sobre sexualidade, e ele tem quase nenhuma curiosidade a respeito: o contrário dos seus amiguinhos!

Por isso que quanto mais cedo esclarecemos, mais tarde eles iniciam a vida sexual. E sabe por que? Por que orientamos a criança (senão o adolescente, o adulto; serve para qualquer desinformado) a conhecer o seu corpo, a explorar-se com a ajuda de um espelho, e a se tocar (e por que não?).

Ao se tocar a menina descobrirá o prazer sozinha, e esse comportamento desestimula ela querer sentir-se a partir do toque do outro. Essa também é a sugestão para orientação de mulheres que tem dificuldade de chegar ao clímax, ou que jamais chegaram.

masturbacao-femininaApesar de muitas resistirem e acharem que isso é coisa de quem não tem macho (eu discordo, mas minha opinião aqui pouco importa), se masturbar é a melhor forma da mulher descobrir onde gosta de ser tocada, como gosta, com que intensidade, etc. e tal…

Como gozar com o outro se não sabemos gozar sozinhas?

Tem que deixar as neuras de lado, vencer esse preconceito ultrapassado, e mexer bastante na ‘maçazinha’. Depois que pegar a prática, tome cuidado para não exigir demais do parceiro hein! hehe

Mas o negócio é mexer bastante: daqui, de lá, chupa cá… porque essa história de uma rapidinha constantemente não rola né?! O mulheril gosta – e exige – que se capriche nas pré-eliminares, afinal, se na cama vale tudo, é ideal que homens se informem, busque informações de como funciona o corpo feminino, (e vice-versa) e passem a explorá-lo mais…e sem pressa ok?!

Vocês sabiam que, segundo pesquisa da Ibrasexo (Instituto Brasileiro para Saúde Sexual), se as mulheres forem bem estimuladas nas preliminares – ou seja, se seus clitóris forem caprichosamente massageados – elas levam de 8 a 20 minutos de penetração com movimentação ativa para sentir a felicidade do orgasmo?? Uhuuuuu…rs

Fala sério, depois de ler isso, não deu uma pontinha de vontade de se tocar/ser tocada?

Meninos e meninas, deixem de bobagens, e agitem bem ‘seus parceiros’ antes de usar!

Mas não esqueçam da posologia: independente do tempo de namoro e da confiança, CAMISINHA SEMPRE!!!!

 

 

Para maiores informações: www.reprolatina.ong.br

Mulher bombril, mãetorista, consultora sensual e graduanda em psicologia

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