Bom, então vamos lá! Para dar início ao relato de um dilema não poderia deixar de comentar que deparei com esse blog e o achei muito interessante, tanto que resolvi contar minha história( risos).

Bom, o intuito desse desabafo é de ouvir algumas palavras que me façam entender os mistérios que circundam o universo masculino. Pois bem tudo começou quando conheci um garoto super simpático, no qual no início recusei me envolver, e acabei me envolvendo. Começamos a namorar e tudo era muito perfeito,  ele fazia coisas para agradar e eu dava muita patada, sempre fui uma pessoa muito complicada, autoritária, possessiva, mandona, psicótica( os meus amigos de “verdade” sempre me criticavam nesses pontos mencionados, falavam que eu precisava mudar, pois era muito complicada), dava atenção demais ao que as pessoas falavam( uma falha minha: me abria demais com as pessoas. tenho mania de achar que todo mundo é meu amigo, logo conto minha vida pessoal a muita gente. Acabo dando ouvidos a uma multidão e torno a pessoa que ta comigo um vilão, o que é de fato muito errado. No final acabo quebrando a cara com muitos desses meus amigos aparentes).

Sendo redundante, pois já falei antes, no início era tudo muito perfeito, mas logo após vieram as crises, a gente começou a brigar por tudo, pois acabei sabendo que o histórico dele antes de namorarmos não era um dos melhores, daí comecei a pegar no pé com “força”, cobrava demais, tentava mudá-lo( inclusive roupas, sapatos entre outras coisas que ele gostava), tentava proibi-lo de sair com os amigos para beber( não era de sair pra balada,só saia comigo,contudo gostava de sair pra barzinhos com amigos e isso me irritava), detestava quando os amigos iam beber na casa dele,e detestava um amigo em particular, sempre tive a sensação que ele gostava de semear a discórdia entre os casais.

Enfim, confesso que sufocava ele “às vezes”, ele reclamava muito, chegava a dizer que eu não o aceitava do jeito que ele era e que eu só não o controlava porque ele não deixava. Em meio a tanta turbulência o relacionamento virou um estresse, pois ele começou a fazer coisas que não fazia antes, coisas das quais não gostava como se agisse por pura pirraça, as brigas ficaram constantes, daí a gente acabava hoje e voltava no dia seguinte e isso se tornou recorrente ( acaba e volta…acaba e volta…)comecei a perceber que com o passar do tempo ele não sentia mais admiração por mim, nem tampouco ele me respeitava mais.( tipo: se eu reclamasse ele não tava nem aí. Soube uma vez de uma traição, onde ele jurou de pé junto que não tinha acontecido), pensei que talvez tivesse passado a mão demais na cabeça dele, ou talvez eu fosse uma mulher sem atitude, que não tomava posição alguma quanto a situação.

E isso continuou até o dia que tivemos uma briga péssima e acabamos…não demorou muito ele voltou a me procurar, mas tava tão calejada de tudo( e aquele problema que suscitei acima sobre falar tudo pra todo mundo, pois é! Acabei ouvindo muita gente que não quis conversa, não consegui.) que o ignorei e a partir desse ponto comecei a agir como uma garota de 12 anos, deixei de falar com ele, deixei de cumprimentá-lo.Ele começou a fazer coisas horríveis depois de tudo isso, tipo: ficava com garotas que eu detestava, ficava com garotas na minha frente etc..

Passou uns 2 meses de término, ele tornou a me procurar para que pudéssemos conversar pessoalmente, e eu acabei por rejeitar, e qual seria momento melhor para ter uma sessão descarrego? Achei esse o momento mais propício para passar tudo na cara dele, tudo o que ele tinha feito, mesmo assim ele ainda me procurou outra vez para que a gente pudesse conversar, e eu tornei a rejeitar. Passaram-se mais  2 meses e continuava a encontrá-lo ( cada vez mais constantemente), mas o fato de não falar com ele me incomodava, daí enviei um e-mail pra ele dizendo que toda essa situação era desconfortante, ter que encontrá-lo e fingir que não o conhecia. Dias depois ele me ligou e pediu pra que a gente se encontrasse para conversar e pôr os pontos nos “is”

Nos encontramos e consequentemente ficamos, ele perguntou se ainda havia tempo para que pudéssemos  consertar os erros do passado, mas eu fiquei receosa, no famoso em cima do muro. Se passou uma semana e a gente não se falava todos os dias e isso me incomodava, pois eu estava acostumada de outra forma( no passado a gente se falava sempre), daí começou a psicose: foi só um flashback? O que está acontecendo?  ele me quer? não me quer? e milhões de coisas passavam pela minha cabeça…daí se no dia ele não ligasse eu entrava em desespero, chorava horrores( sempre fui assim: nem um pouquinho de segurança nem tampouco controle emocional), aí liguei pra ele pra gente conversar, estava resolvida a solucionar toda a situação de uma vez por todas, pedi que ele fosse ao meu encontro em um cidade vizinha( uns 50 minutos de distancia, onde faço um curso), ele concordou.

No horário que ele  disse que chegaria, não chegou! Não ligou! Não avisou nada! E o pior: ele não foi, e eu não podia acreditar, não tive alternativa senão surtar! Liguei várias vezes confidencial e ele não atendia, até me abusar e mandar uma amiga ligar de outro número, e assim ele atendeu, não resisti a tanta falta de consideração e mandei uma mensagem pondo um ponto final em tudo aquilo…depois disso ele me ligou várias vezes, quando atendi ele deu milhões de justificativas baratas( que tentou me ligar e não conseguiu blá, blá) queria me ver a todo custo pra gente conversar nessa mesma noite, queria conversar no dia seguinte, fez algumas propostas, mas recusei todas! Disse tudo que tinha pra dizer e botei um ponto final.

No dia seguinte pela manhã ele me ligou perguntando da nossa conversa, e se eu tinha certeza que queria por um ponto final, e eu o fiz. Ponto! Ufa! Enfadonha a história né?  Eu só queria entender o que se passa na cabeça desse garoto…quer? Não quer? Complicado!  Conselhos? conselhos?

Olá A.,

Só pelo segundo parágrafo dessa história já da para perceber que não iria demorar muito para um relacionamento com você chegar à crises homéricas, de brigas e discussões sem medida, caso o cara tivesse paciência pra isso porque pela sua descrição de como é, sinceramente nem precisaria chegar a ter uma discussão, era tchau mesmo antes que durasse mais de uma semana.

Outra coisa, você ficou encanada por conta do passado do cara, mas e ai ? Passado é passado oras. E ainda por cima queria “catequizar” o menino para deixá-lo como você achava que deveria ser? Pegando “forte” ainda por cima? Isso é nazismo. Eu hein.

Contudo você ainda tem a “humildade” de assumir que sufocava ele “às vezes” ? ahhahaah ri muito aqui agora. Desculpe.

É nítido que o seu texto possui algumas contradições importantes, mesmo depois de ter descrito como você é, ainda questiona-se achando que passou a mão demais na cabeça dele. Tirou isso de onde? A impressão que fica dele é que, putz, ta mais perdido que  fdp em dia dos pais. Em alguns pontos ele demonstra que  quer ficar com você sim e quando você decide colocar um ponto final na história, ele não demonstra incerteza, apenas  quer a confirmação de que você realmente quer isso para  que então ele possa tomar um rumo em paz (Deus nos ouça), rs.

Após toda a situação do relacionamento vocês continuaram se encontrando e na verdade o término parece que não ficou definitivamente resolvido porque se vocês não tinham contato, você falava com ele e ai vocês ficavam. Ele insiste em querer voltar com você (sem aparentemente ter razão pra isso porque meu Deus, que estresse) e você fica em dúvida se ele te quer e relata esse momento como “psicose” ??? Olha, na minha humilde experiência profissional, no mínimo vocês dois estão precisando de acompanhamento terapêutico intensivo.

E para somar-se a isso ainda existem os componentes de  insegurança e descontrole emocional. Bomba ambulante? Eu não achei a história enfadonha, parecia mesmo uma parte e algum filme de Quentin Tarantino. Sangue sentimental e pancadaria moral gratuíta e sem justificativa.

Se você gosta dele sem aspas é claro, no mínimo teria que pensar no conceito de relacionamento adotado para ver se realmente vale a pena. Porque insegurança, encanações, abrir a vida para qualquer pessoa e infantilidade não combinam nada com uma palavra essencial para qualquer vida a dois. SOSSEGO. Creio que nem preciso descrever as outras não é?

Não sei bem se a sua questão com relação, a saber, sobre os tais “mistérios que circundam o universo masculino” seria a pauta mais importante porque diante do que foi apresentado aqui, esse universo ai ficou do tamanho da cabeça de um alfinete. Sinceramente, deixe isso pra quem realmente achar que existem mistérios.

Agora vai uma dica, cuide-se, e muito.

Até mais!!

Márcio Oliveira

[email protected]
Meu Blog: As Palavras

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