Rica. Porém, Miserável.

Caro Mr. P

A convivência com meu marido está dificílima. Ele sai muito, bebe muito, nunca tem hora para chegar em casa e não quer me levar para sair. Ele é muito rico. Vive jogando na minha cara que eu dei o golpe da barriga, que ele não queria ter filho, que não gosta de mim, que foi obrigado a morar comigo e que só está comigo por causa da nossa filha de três anos, de quem ele diz não abrir mão, caso eu o deixe.

Gosto muito dele, ele me dá de tudo. Porém, queria mais atenção, mais respeito. Ele não está nem aí para nada. O que devo fazer?


Humilhada leitora;

Será que vestir roupas de grife, dirigir carros luxuosos, viver em mansões, apresentar curvas perfeitas e atraentes curam as feridas de uma alma que vive de forma miserável? Apaziguam e acalentam uma mente conturbada por conflitos? Amenizam a dor de uma existência marcada por humilhações?

Uma pessoa que é infeliz, justamente, no local onde deveria ser o seu refúgio de paz e tranqüilidade, o seu lar, o seu carregador de energias para enfrentar as turbulências diárias do mundo moderno, pode possuir todo o dinheiro do mundo, mas não viverá em paz, não terá uma mente tranqüila, muito menos, atitudes amorosas e serenas.  Em outras palavras, passará longe de viver uma existência feliz e prazerosa.

É necessário que tenhamos um ambiente saudável, acolhedor e amoroso, mesmo que momentaneamente solitário, tanto no nosso espaço particular externo, nosso lar, quanto no interno, nossa mente, para que possamos evoluir como ser humano.

mda banner 2

Uma mente saudável é confiante, tranqüila, corajosa, determinada, serena, consciente das suas qualidades e limitações. Um mente saudável não desrespeita, não humilha, mas também, não aceita desrespeitos, nem humilhações.

Um lar saudável é aquele local que temos o prazer de retornar depois de mais um dia de trabalho, de estudo e, não um lugar que, arrumamos qualquer motivo para retardar nosso retorno. É um ambiente que deve ser nosso reator e não nossa criptonita.

Somos responsáveis por nossas escolhas. Colhemos o ônus e o bônus advindos delas. Durante a vida, fazemos diversas vezes a escolha errada. Errar, reconhecer o erro e mudar as atitudes, os pensamentos, as ações para não cair no mesmo equívoco faz parte do aprendizado do ser humano e o enobrece como espécie pensante. Agora, errar, reconhecer o erro e insistir, persistir nele é uma atitude doente e, completamente, auto-mutilante.

Queres ter a coragem para promover um recomeço e tornar sua existência prazerosa ou continuar canibalizando-a em troca de migalhas que não alimentam sua alma, nem seu coração?

Mr. P

 Quer ter sua resposta via e-mail em prazo curto e com total provacidade? Assine um PLANO PREMIUM, a partir de R$15.

Empresário, administrador, jurista e escritor. Adora filosofia, psicologia, história e musculação. Crê que o "caminho da vida" é a busca da evolução perpétua. Escreve e responde dúvidas sobre os mais variados assuntos.

4 comentários No Rica. Porém, Miserável.

Deixe uma resposta:

Your email address will not be published.