Algumas pessoas confundem estes temas. Já ouvi muitas mulheres me falarem que estão sofrendo de amor por um homem pois não conseguem tirar ele da cabeça, que pensam nele constantemente e nem sempre estes pensamentos são bons. Estes pensamentos se caracterizam como pensamentos obsessivos e não necessariamente se referem ao amor.
O pensamento obsessivo é aquele que te faz pensar na outra pessoa todos os momentos, mas de um forma mais negativa, onde você acha que o outro geralmente a pessoa com a qual você esta se relacionando, está fazendo algo que possa prejudicar o andamento de relacionamento. O pensamento obsessivo está intimamente ligado ao ciúme, pois este pensamentos e questionamentos sobre o que o outro está fazendo pode fazer com que a pessoa crie hipóteses negativas que geralmente não condizem com a verdade. Quando pensamos que o outro está fazendo algo de errado, que ele esta com outra mulher, ou até mesmo quando estamos conversando com ele por mensagem e nos questionamos se ele esta conversando com outra pessoa, são típicos pensamentos obsessivos, que geram o ciúme e a desconfiança.
O ciúme surge desses pensamentos “desajustados” que por vezes tomamos como verdadeiros, sem buscar por evidências reais, o que faz com que a obsessão aconteça. Perceber estes pensamentos e principalmente tentar entender que eles fazem mais parte da nossa fantasia do que da realidade, até mesmo por que alguns pensamentos obsessivos não teriam como acontecer na realidade, faz com que consigamos amenizar o ciúme. Entender estes pensamentos e sentimentos faz parte de um processo, pois muitos vezes quando estamos nos sentindo tristes por pensamos que o nossos parceiro está fazendo algo que possa nos ferir, não é necessariamente o momento em que nos concentramos em pensar sobre estes sentimentos e os reais motivos dos nossos pensamentos. E devemos mudar isto.
O amor em contrapartida, que muitas vezes é confundido com esta obsessão, é mais leve, saindo um pouco do pensamento e indo para o lado do sentimento. Ele pode nos levar a pensar no outro, mas de uma forma diferente, de uma forma mais saudosista. Nem sempre o amor está relacionado ao pensar frequentemente no outro, está mais relacionado ao pensarmos no outro e isto nos trazer sentimentos positivos e reações físicas agradáveis, enquanto a obsessão gera cada vez mais pensamentos negativos que viram sentimentos de raiva e angústia, nos trazendo dor.
Portanto, o amor não necessariamente está ligado à dor, como esta a obsessão. Confundir estes dois geralmente é a receita para um relacionamento acabar em fracasso. O obsessivo, comumente acredita que o outro é dele, como um objeto, que pode pertencer a ele, e isto faz com que ele cada vez mais prenda este “objeto”, que na imaginação dele é amoroso, se tratando apenas de um pensamento obsessivo.
Não estou querendo dizer que não exista alguma relação entre o amor e o pensamento obsessivo, até porque as vezes o amor nos levar a ter estes pensamentos, e por vezes nos fazem perder a pessoa amada, com a discursos de estarmos “sufocando” ele.
No amor deve existir a liberdade e a confiança, o entendimento de que o outro nos faz bem, e pensar nele nos trará bons sentimentos. Quando estamos prendendo de mais o outro ou o fato de pensar no outro nos trás muita dor, talvez seja necessário repensar sobre este relacionamento e sobre os reais motivos de estarmos com esta pessoa.
Podemos estar vivendo uma relação não saudável para nós e ao mesmo tempo podemos estar trazendo sofrimento para o outro, mesmo que não seja nossa intenção. Por isto entender a diferença entre o pensamento obsessivo e o amor verdadeira é fundamental para que possamos ter uma vida mais saudável.