Olá,
Tenho 28 anos, sou uma mulher independente, moro sozinha, estou fazendo uma segunda faculdade, sou daquelas que chamam atenção, sou loira, malho, enfim, depois explico o porque de dizer isso tudo.
Conheci um rapaz 4 anos mais novo numa festa da academia em novembro de 2009. Não queria ficar, mas a química foi tão boa que acabou rolando sexo. Jurei que ele nunca iria me procurar, embora tenha pegado meu telefone, mas na semana seguinte me ligou.
Começamos a sair e perto de completar 2 meses ficando, eu disse para ele que se eu gostasse dele terminaria, e ele então me disse que ia fazer de tudo para eu não gostar dele.
Continuamos saindo, pelo menos uma vez por semana, falávamos quase todo dia.
Ele foi numa festa da irmã de um amigo meu comigo, eu achava que ele fosse um cara prudente, que estava me conhecendo. Gostamos das mesmas músicas, somos parecidos em atitudes, somos opostos em temperamento o que é ótimo, nos damos muito bem na cama, ele é tímido e nada impulsivo, pensa muito antes de fazer qualquer coisa, mesmo que seja dizer oi.
Bem, ele veio me perguntar, em fevereiro o que eu esperava dele. Eu disse que esperava que as coisas “fluíssem” (namoro) e ele disse que não queria nada sério com ninguém que não queria ter que dar satisfações. Eu disse que então era melhor a gente parar, porque eu não ia conseguir ficar com mais ninguém.
Veio o carnaval, ele viajou com amigos, na volta, começamos a falar, eu disse que a gente poderia continuar saindo, que não tinha problema, a gente tinha combinado de ver Avatar, então ele me chamou para assistir, mas “sem intenções”, fomos e na saída ele quis conversar, disse que não queria namorar, que não queria ter que dar satisfações, mas ao mesmo tempo, fazia carinho no meu rosto e dizia que gostava de mim, que eu era especial, que não queria me fazer sofrer. Eu disse que ele não tinha esse poder e que eu não permitiria isso, ele disse que não queria atrapalhar minha vida, me impedir de ficar com outra pessoa, então eu falei que quanto a isso não tinha problema, porque agora eu sabia qual era a dele, então não ia me restringir; disse que o que eu queria era com ele, somente com ele que eu tinha à disposição homem para o que eu quiser: sexo, ficar, namorar, até casar e ele disse que sabia bem disso.
Por fim, combinamos que se eu começasse a namorar avisaria e se ele quisesse namorar comigo ele falaria. Desse dia em diante, nossa “relação” nunca mais foi a mesma, ele some por semanas, me deixa falando sozinha no msn, não responde e-mail, torpedos. Quando está comigo, tenho a sensação de que ele foge, que se segura. Parece que está travado, bloqueado.
Eu gosto tanto dele, queria tanto que desse certo. Será que o fato de eu ser uma mulher independente assusta?
Será que devo falar do meu sentimento para ele? Geralmente as pessoas mudam quando sabem que alguém gosta delas, a tendência é esnobar, mas depois a pessoa acaba gostando também, não sei…
Será que ele realmente gosta de mim ou está só curtindo e eu me iludindo achando que ele gosta? O que devo fazer, continuar insistindo ou cair fora?
Olá P.,

Uma coisa é certa. Não importa o quanto “poderosos” possamos ser. Podemos ter carros, casas, uma excelente profissão, dinheiro, status, um belo corpo, uma saúde de ferro. Tudo isso pode nos permitir pensar que “temos” quem quisermos, mas não é bem assim. Podemos sim chamar atenção pelo que aparentamos ser, mas mesmo assim isso não nos dá garantias de absolutamente nada porque esbarramos na essência da simplicidade do modo de ser.
Digo isso porque de repente, de maneira despretensiosa, podemos ser tocados por alguém ou podemos tocar alguém de tal maneira que a partir disso uma bela história pode estar sendo escrita.
O que eu percebo da sua história, é a hesitação de ambas as partes para uma entrega. Mas penso eu, o que impede? Qual é o obstáculo? De fato eu percebo que mulheres que possuem uma posição na vida mais independente faz os homens pensarem mais em como eles são e de que maneira eles poderiam encarar um relacionamento com alguém assim. Foi-se o tempo em que era apenas do homem, a possibilidade de ter um lugar de destaque no mundo e ele tem que refletir sobre isso, compreender e ver que a mulher é alguém para somar à vida dele e vice-versa, de maneira igualitária, sem querer ficar bancando o “machão” ou achar que existem coisas de “homens” e coisas de “mulheres”. Enquanto pensarmos assim com certeza haverá uma separação de dois mundos e ambos ficarão se questionando e buscando entender o outro porque são diferentes e mais do que diferentes, vivem em mundos separados.
A diferença existe sim, mas deve ser encarada como possibilidade de aprendizado e amadurecimento, seja pessoal ou mesmo dentro do relacionamento. No seu caso, parece que ele deve se perguntar se daria certo estar com você, mas quem não se pergunta isso diante de um possível relacionamento?
Se você sente o que diz por ele, qual mal haveria em ter autenticidade e ter uma boa conversa para esclarecer qual caminho ambos podem seguir? Se é alguém que te faz sentir bem, que te proporciona prazer e você se identifica, por que não?
Mulher independente não assusta, mas no mínimo faz os homens pensarem qual é o seu papel na relação e isso pode ser muito proveitoso em termos de amadurecimento se ele realmente estiver aberto para algo que possa lhe fazer crescer e por que não algo lhe fazer feliz? Temos muito o que aprender com as mulheres, portanto, não se sintam perdidas. Construam a sua identidade e compartilhem. Nesse sentido, somente compartilhando é que faremos uma boa multiplicação.
Até mais!!
Márcio Oliveira
[email protected]
Meu Blog: As Palavras
Tem pressa para receber sua resposta? Deseja
atendimento personalizado e ao vivo? Assine um Plano VIP.
Perfil do orkut (recém criado): http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=6153601257327704676
Siga o Cérebro Masculino no twitter: http://twitter.com/CerebroMasc e
saiba instantaneamente quando o blog é atualizado.
1 comentários No Super
Mulher independente não assusta,
mas…
confusas, carentes e prepotentes sim.
beijuss Márcio, adorei.