Temos objetivos de vida diferentes. Dá para continuar com uma relação assim?

Olá…antes de qualquer coisa gostaria de agradecer pela atenção. Meu problema é o seguinte: Namoro um rapaz há aproximadamente 2 anos, quando começamos a sair cometi um grave erro, pagava todas as nossas idas ao motel, pois ele estava desempregado, e enchi ele de mimos e presentes.

Na primeira vez que o chamei pra sair senti que ficou um pouco constrangido, mas nas outras vezes já achei que estava mais a vontade. Com menos de 1 ano de namoro eu estava super empolgada e até disposta a alugar um imóvel para morarmos juntos, pois nessa época ele já estava trabalhando, é bem verdade que era muito cedo, mas sou uma pessoa que age, ou agia, muito na base da emoção. E eu ficava muito chateada porque ele vivia me jogando um balde de água fria, pois ele sempre foi muito pé no chão e dizia que ainda não me amava de verdade a esse ponto.

Ele gosta muito de beber e passa a maior parte do fim de semana no bar…no início eu o acompanha nas bebedeiras…mas ele bebe tanto que, às vezes, chega a passar mal.

Bom, mas vamos ao problema: Comecei a mudar um pouco a minha maneira de pensar depois que voltei a estudar, comecei a fazer um cursinho para concursos, pois decidi que não queria mais trabalhar na iniciativa privada embora eu tenha uma boa profissão que me garante uma remuneração razoável…nessa época eu trabalhava o dia inteiro e a noite ia pro cursinho que é longe da minha casa, chegava em casa tarde pra acordar cedo no dia seguinte, ou seja, uma coisa bem cansativa. Depois comecei a fazer também curso aos sábados e me sentia muito incomodada porque o tempo em que eu ficava o dia inteiro ou em casa ou no curso estudando nos fins de semana ele passava o dia inteiro no bar bebendo e se divertindo…isso começou a despertar algo em mim, pois ele ganha bem menos do que eu e trabalha em um ramo muito instável, tanto que atualmente já está desempregado de novo.

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Às vezes converso abertamente com ele a respeito disso, digo que ele tem que estudar pra ser alguém na vida, ter uma profissão, mas ele culpa a infância difícil que teve por hoje não ter essa estrutura…diz que qualquer um no lugar dele teria virado um bandido tendo a família que ele tem, que nunca apoiaram ele em nada e, além disso, fazem uma porção de coisas erradas. Digo que a mesma garra que teve pra chegar onde chegou deveria ser usada pra prosseguir e não pra ficar estagnado se apoiando em problemas passados como se fossem muletas. Ele fica muito nervoso com isso e faz de tudo pra encerrar o assunto…não sei se é porque fica constrangido ou se não gosta mesmo de falar desse assunto.

Se eu disser que não gosto dele estaria mentindo, mas não tenho mais aquela empolgação, estou com muitas dúvidas.

Hoje ele mudou bastante, é muito carinhoso comigo e está controlando a sua ignorância, que no início era uma coisa insurpotável, já disse até que me ama algumas poucas vezes, está construindo uma casa pra morarmos juntos e faz planos de termos um filho. A casa que ele está construindo fica num lugar com muito pouca infraestrutura, mas ele diz que é o que ele pode dar. O problema é que depois de pouco tempo de estudo, acabo de ser aprovada em um concurso e dar um grande passo na minha vida e aí fico pensando que com ele viverei uma vida muito limitada, pois tenho muito disposição pra continuar estudando e vencer ainda mais enquanto ele trabalha no que “dá”, pra ganhar pouco e não tem a iniciativa de crescer, tem apenas vontade mas falta-lhe muita iniciativa nesse aspecto. Já disse pra ele que se o problema é falta de apoio que agora ele tem a mim, cheguei a pagar uns cursos pra ele, mas ele só aceitou depois de botar vários obstáculos e sinto que ele não tem a mesma dedicação que eu aos estudos, na verdade ele mesmo diz com todas as letras que não gosta de estudar. Vivo com meus pais e tenho um filho de 5 anos do meu primeiro casamento que não deu certo pelos mesmos motivos, depois de ser perdidamente apaixonada pelo meu ex, depois de 6 anos comecei a desencantar: ele ganhava pouco, também tinha problemas de infância, não tinha muito estudo e também priorizava muito amigos e cerveja. O meu problema é que não consigo traçar um perfil do meu atual quase marido – que tipo de homem é esse? Descansado, deitão, aproveitador ou apenas pé no chão? Uma pessoa que aceita a realidade como ela é e não fica querendo dar passos maior do que a perna? Devo viver uma vida limitada com esse homem e progredir a passos lentos sabendo que posso garantir um futuro bem melhor pra mim e pro meu filho? Devo dividir esses benefícios que conquistei e pretendo consquistar ainda mais com uma pessoa com esse perfil? Será que esse marido não vai ser uma âncora na minha vida, me sobrecarregar, dificultar o meu sucesso? Devo pensar por esse lado (friamente) e agir puramente com a razão, já que a emoção já me fez quebrar a cara uma vez e já não estou mais na idade de cometer erros, principalmente os mesmos? Tenho medo de virar uma Amélia e ver todas as minhas possibilidades de sucesso no futuro ir por água abaixo. Às vezes chego a pensar que na verdade ele sabe mais o que quer da vida do que eu, pois diz que só se relaciona com pessoas iguais ou melhores que ele e nunca pior. Acho que ele está certíssimo nessa maneira de pensar, mas será que permanecendo com ele não estou indo contra esse príncipio??? Me ajudem por favor!!! Uma pessoa de fora de repente tem uma outra visão da situação. Um grande abraço e muito obrigada!

Ass: Ana Júlia Souza


Olá Ana,

Obrigado pelo envio do seu e-mail.

Em primeiro lugar, não considero erro algum a namorada pagar motel, saída ou dar presente para o namorado desempregado. Tenho concepção que um casal deve partilhar as coisas, e se um está temporariamente sem dinheiro e o outro tem, que mal há em pagar tudo? E para isso, o sexo do pagante não faz diferença.

Prosseguindo com o e-mail: as pessoas são diferentes e é isso que faz a beleza do mundo. Se todos fôssemos iguais, que graça teria? Não é porque você gosta de axé que não pode casar com um roqueiro, ou porque é flamenguista que não pode casar com um botafoguense. As pessoas são diferentes e temos que aprender a conviver com essas diferenças. Devemos parar de nos focar nas coisas ruins e lembrarmos das qualidades das pessoas com quem nos relacionamos.

Não adianta tentar mudar os outros, pois a única pessoa que podemos mudar é você mesma. Cada um só muda quando quer e ninguém pode obrigar-nos a isso. Ele está satisfeito com a vida dele e, provavelmente continuará assim. Você estaria sendo egoísta ao exigir dele algo que ele não quer. Para você, o crescimento constante e a estabilidade financeira são muito importantes, mas para muitas pessoas não.

Aparentemente você quer alguém que aja e pense como você, mas é muito raro encontrarmos pessoas assim. E, quando encontramos, geralmente acabamos por não nos atrair. É incrível como sempre nos apaixonamos pelas pessoas diferentes, não é verdade? Mas isso é algo bom, pois podemos ter experiências que nunca teríamos, aprender coisas que novas e sair da rotina.

Não é porque ele não tem os mesmos objetivos que você, que você ficará estagnada. Você pode crescer o quanto quiser, pelo que você contou, ele não atrapalha. Seja mais independente e faça as coisas sozinha, sem precisar de companhia.

É preciso decidir o que é mais importante para você ter no seu companheiro: a parte financeira e a vontade de crescer sempre, ou as outras coisas como amor, carinho, paixão, companheirismo, e o que mais for importante para si.

Espero ter ajudado.

Um beijo,

Doutor Neurônio.

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14 comentários No Temos objetivos de vida diferentes. Dá para continuar com uma relação assim?

  • Alessandra Cristina Cardoso

    Acho que esse seu relacionamento não tem futuro, amiga…desculpa a sinceridade. Esse homem NUNCA vai estar a sua altura. Ele se contenta com o pouco que a vida deu pra ele e vai pegar carona no seu sucesso. Se vc continuar com ele, vai se tornar uma mulher de sucesso, financeiramente bem sucedida, mas frustrada, pois TUDO vai depender de VC..SEMPRE. Vc nunca vai poder relaxar, afrouxar os “cintos”, se despreocupar…porque vc saberá que se fizer isso, corre o risco de vc perder tudo que conquistou. Enfim, acho muito difícil e cansativo tentar mudar uma pessoa, principalmente aquelas que não querem mudar. Seria melhor vc terminar esse relacionamento e esperar em Deus por um homem de verdade, que assume o seu lugar de “cabeça da família” e seje tão dedicado e esforçado como vc. Um homem que esteje na mesma fase que vc. Um homem que te complete. Bjos. Espero que vc já tenha resolvido esse dilema. Afinal, já se passaram 9 anos, né? Nem sei porque eu estou respondendo isso? Hahahahaha “A Loka”.

  • Acredito que esta faltando sensibilidade do Dr Neuronio para uma completa compreensão do problema, que hoje em dia é mais comum do que parece. Não se trata de egoismo, ou individualismo. Se trata de incompatibilidade de personalidade, onde a pessoa terá que optar em ficar com quem está, ou procurar um pessoa que possa dividir os seus sonhos.

  • Minha irmã teve uma historia parecida. Ela se formou na faculdade qdo era bem nova, fez 2 pós e é financeiramente independente. O ex-marido só tinha o 2º grau e nao parava e emprego nenhum. So que eles namoram desde a adolescencia e ela era mto apaixonada. Conclusao: se casaram, tiveram um filho, mas se separaram. Acho que é mto dificil manter um relacionamento qdo as pessoas tem objetivos muito diferentes, pois la na frente vc pode se sentir frustrada. Uma coisa que o dr. disse é certa: ele É assim e nao vai mudar. Infelizmente ou vc aceita, ou vc termina.

  • Olá Theodora, obrigada pela sua solidariedade. Que situação complicada né? O que mais me assombra é amanhã ou depois estar casada e achar que não posso ter algumas coisas que batalhei tanto para ter por causa dele…isso já aconteceu comigo!!! Já tive essa triste experiênica com meu primeiro marido, quando eu queria sair ou viajar e nunca dava por causa das contas eu olhava pra ele e achava que se ele tivesse se empenhado um pouco mais, assim como eu, aquilo não estaria acontecendo. É aí que digo que a nossa vida fica limitada porque eu não ía viajar sozinha pq conquistei as coisas sozinha mas tbém não acho justo ele compartilhar de coisas que não correu atrás quando teve a oportunidade de fazê-lo. É por aí…estou pensando muito na minha relação, não quero me precipitar, mas dessa vez tbém não vou deixar o coração falar tão alto porque por incrível que pareça por maior que seja o amor que temos, qdo nos sentimos sobrecarregadas esse amor começa a se corroer sem a gente perceber e quando nos damos conta, ele simplesmente acaba e aí ficam só esses problemas…
    Mais uma vez obrigada, um grande abraço e muita força!!!

  • Ana, eu entendo sua situação pois estou na mesma situação que você. Sou uma jovem ambiciosa, com grandes projectos para o meu futuro e sonhadora. Luto porque fui criada por pais batalhadores, e quero dar um futuro aos meus filhos (que um dia hei de ter, se Deus quiser), ainda melhor que o que os meus pais me deram. Mas meu namorado é mais ou menos como o seu, estagnou. Eu digo por experiencia própria que é bastante difícil andarmos com alguém com objectivos de vida totalmente diferentes. E não, não é egoísmo. Não deixe que lhe façam pensar assim. É simplesmente incompatibilidade. Já sei que não podemos mudar o outro. Mas da mesma forma que é injusto obrigá-lo a ver as coisas como você, também é injusto para você continuar estagnada do lado dele, desistir de seus sonhos e de um futuro melhor pra vocÊ e o seu filho, como preço pra ficar ao seu lado.
    É bastante difícil essa situação e realmente nos conduz a uma escolha: ou eles, ou os nossos sonhos.
    Eu estou me debatendo ainda com essa questao, mas me desmotiva porque eu amo muito o meu namorado e acho que é o homem da minha vida, pelo menos o meu unico namorado sério até agora porque o resto foi tudo paixao de criança. Minhas notas na faculdade até ja chegaram a baixar desde que lhe conheci, porque ele quase me fez começar a pensar como ele ; “pra quê tantas planos, pra quê tanta ambiçao?”, “você pensa que vai conseguir tudo isso que colocou na cabeça, mas a vida nao é como você pensa”, ou “você nao vai conseguir, vai bater com a cabeça na parede”. Comecei a duvidar dos sonhos e planos que fiz a vida toda,e comecei pegando mais leve nos meus estudos.
    Mas hoje ja abri os olhos, e resolvi que nao posso desistir de parte dos meus sonhos, desapontar meus pais e deixar de lutar para o meu lugar no sol, que é o que eu gosto. Adoro me propor desafios, lutar por eles, provar que sou capaz e me sentir orgulhosa comigo mesma, aumenta minha autoestima. Quanto ao meu namorado, só o futuro dirá se ele puderá continuar do meu lado,mas já perdi muitas oportunidades e tempo na minha vida tentando que ele tivesse mais garra e nao fosse tão negativo em relacao à vida, está na hora de trabalhar em MIM.
    Pense bem e boa sorte nisso. Se for uma pessoa espiritual, procura Deus para ajudar voce a tomar a decisao mais acertado.
    Bjs.

  • Independente de opiniões pessoais, vamos a solução:
    Ele provavelmente não vai mudar, tudo está ótimo assim. Eu entendo sua indignação e concordo, pois já tive o mesmo problema com ex-namoradas. No entanto, só te resta duas soluções: aceitar o jeito dele ou acabar o relacionamento.

    Eu escolhi a primeira. Pense e veja o que é melhor pra você.

    Fico por aqui.

    bjao

  • canoa furada, não camoa.. ¬¬’

  • tudo bem que o dinheiro seja nosso.
    desde que nós dois estejamos batalhando por isso
    e que nós dois tenhamos consciência de como gastá-lo e de que temos deveres antes de prazeres.

    Acho que o fato de ele só ficar em bares e desempregado toda hora revela um nível menor re compromentimento com uma família enquanto conceito e uma preocupação grande com o SEU divertimento e as SUAS vontades. Quanto ao motel, eu acho que entra nessa coisa de minha diversão e nossa diversão. Já que ele se diverte no bar bebendo cerveja, pra que ele vai te levar num motel…
    eu vejo egoísmo nisso, dr. não sexismo.
    independentemente de quem paga as contas, quem não critica aquela mulher que o marido paga tudo e ela trabalha e gasta o dinheiro só consigo? Vejo muito disso: fulano se mata trabalhando pra pagar as contas e a mulher dele gasta o salário dela só em roupas e na estética, que egoísta.

    Como aceitar que a pessoa que amamos não quer melhorar na vida e simplesmente viver às custas dos outros pela cerveja de amanhã?
    a questão financeira pode, também, ser análoga à nossa camoa furada. Me parece que ela está tirando a água enquanto ele toma “uma ceva gelada”. E como mudar isso?

  • Oi Drº, eu não sou uma pessoa egoísta como acho que vc está pensando, eu disse que se chegássemos a esse ponto de dividir padrão que eu seria muito infeliz. Hoje como meu namorado, eu ajudo ele em tudo que posso, inclusive com dinheiro para procurar emprego, para sairmos e várias outras coisas. Acho que o srº não entendeu o foco da minha preocupação, que é o COMODISMO. Passei essa mensagem pra vc pra ter uma opinião sobre a visão geral da coisa, mas têm coisas que só eu sei e não tenho como passar, pq tomaria muito tempo. Gosto muito dele, se não gostasse não viveria cheia de questionamentos, já teria o abandonado e pronto! Mas estou falando de uma pessoa que têm sim muitas qualidades como citei no meu primeiro email, mas está parado no tempo…como vc classifica uma pessoa que não sabe sequer mecher num computador??? E é aí que entra a questão, ele não saber não é problema, mas não sabe e não quer aprender…meu Deus..independente de ele ser meu namorado hoje em dia a pessoa que tem a oportunidade de aprender a mecher num computador e não “quer” vive na idade da pedra!!! O meu medo é do futuro…pôxa, quem dera na vida podermos fazer só o que gostamos, têm coisas que independente de gostarmos ou não são necessárias. Uma pessoa que depois de 1 ano desempregado vivendo às custas do irmão que também não tem muitas condições, não compra o jornal domingo pra ler os classificados e nem acessa site de empregos…que de 3 em 3 meses entrega currículo nos lugares porque “fulano” falou que dá dando vagas, acho que é um ritmo muito lento. Vivemos numa era em que precisamos evoluir sim e é isso que quero, que ele evolua. Sei que ele não vai comprar a minha idéia de ter um bom cargo e estabilidade de fora pra dentro, que depende muito dele querer isso profundamente. Mas acho que tenho que fazer a minha parte…incentivar. Pode deixar que jamais vou marginalizá-lo dentro de casa. Qdo falei da escola pública quis dizer que se ele pretende ter filhos deveria sim se preocupar com uma boa educação para eles assim como eu me preocupo…só eu que tenho que me preocupar, arregaçar as mangas e agir em nome de um futuro melhor? Drº estou adorando essa nossa troca de idéias, por mim ficaria aqui diariamente conversando sobre vários assuntos, mas no MSN não pode né? Mais uma vez agradeço a atenção a mim dispensada, não estou tentando te convencer de nada e nem a mim…estou desabafando…brigadão mesmo!!! Um grande beijo!!!

  • Bem, quanto ao dinheiro, o que especialistas recomendam é que os casais utilizem porcentagens iguais dos seus ganhos para as coisas.
    Por exemplo: x% para contas de casa, y% para lazer, z% para uma poupança ou investimento, etc..
    Para isso, independe o valor dos salários, já que tudo é calculado em porcentagem.

    Se a situação fosse inversa e ele ganhasse muito mais e você vivesse desempregada, você aceitaria que ele arcasse com a maior parte das contas? Provavelmente sim, não é verdade? Por que tem de ser diferente só porque você ganha mais? Por que você não pode contribuir mais que ele?
    Achei totalmente sem sentido falar de colocar a filha em uma escola pública porque ele não pode pagar. Você pode, então qual o sentido disso? Apenas porque vocês tem órgãos sexuais diferentes, precisam ter direitos e obrigações diferentes?

    No meu caso particular, mesmo namorando, eu considero o dinheiro NOSSO, e não meu ou dela. Claro que cada um gasta com o que quer ou precisa, mas quando vamos sair para algum lugar ou fazer alguma viagem, somamos o que temos, e contamos como dinheiro único do casal. Quem tem mais, paga mais; quem tem menos, paga menos. Independente do sexo da pessoa. Assim não há problema algum. Partilhamos sentimentos, segredos, amizade, e muito mais, por que não podemos partilhar dinheiro?

  • Drº agradeço mais uma vez, não vou ficar tomando o seu tempo pq sei que é escasso…compreendo tudo o que vc disse, cada um tem seu cada um. Pra namorar eu acho que ainda tá bom, nunca incomodei o meu namorado no bar…ele sempre fica o tempo que acha necessário. Mas pra casar, acho que complica…qdo vc diz que devo progredir sozinha e deixá-lo viver como se sente bem significa que quando estivermos casados devo deixar ele se arrebentar para pagar as contas da casa sozinho e pegar os louros meu “progresso” que nunca teve importância pra ele e gastar tudo com roupas, salão de beleza e carros do ano? Será que ele seria tão feliz como é hoje se estivesse diante de tal situação??? Se eu chegar a ter um filho com ele como ele tanto quer…devo matriculá-lo numa escola pública já que o pai não se incomoda com estabilidade e deixar o meu filho em escola particular e cursinhos??? Devo promover um racha no padrão de vida do casal??? Devo pagar um plano de saúde pra mim e pro meu filho e deixá-lo a disposição do SUS, já que ele nunca se preocupou com isso??? Se isso acontecer ele com certeza não será mais tão feliz e nem eu…e é isso que eu estava tentando evitar que acontecesse. Acho que assim iria faltar cumplicidade entre o casal, fator que considero indispensável numa relação, principalmente no casamento. Com relação ao motel eu me surpreendi, não sabia que os homens não gostavam de motel…mas eu já pedi sim pra ele me levar mas nunca sobra dinheiro né? A cervejinha consome tudo, conclusão: se eu quiser ir ao motel eu que tenho que bancar mesmo! Porque não tem condições de ficar transando na casa dele onde mora uma penca de gente inclusive crianças, me sinto constrangida com isso às vezes. O fato é que ele vive mais desempregado do que empregado achei que incentivando ele estava ajudando a resolver esse problema. Mas há muito já tomei uma decisão: não me envolvo mais nesses problemas, estou deixando ele caminhar com as próprias pernas!!! Tem um detalhe que esqueci de te falar que ele é bem exigente nas escolhas dele, diz que de jeito nenhum namora com mulheres burras e muito menos preguiçosas, que me admira muito por eu ser tão batalhadora…bem seleto ele não?

  • Olá Ana,

    Sobre o fator do motel eu lhe pergunto. Depois que ele arrumou emprego, você já pediu pra ele te levar? Quando você pagava, você o convidava, e agora? Fala que quer ir ou apenas espera o convite? São poucos os homens que gostam de ir para motéis com namoradas. Conheço pouquíssimos. Para nós, é um dinheiro desperdiçado. Sei que as mulheres adoram, mas os homens são diferentes.

    A parte da independência é cabível sim. Você quer crescer e que ele te acompanhe. Provavelmente isso não vai acontecer. Não disse que você depende dele, mas disse que você deve crescer profissionalmente como deseja, mesmo que ele fique estagnado. Não deve se incomodar com seu desejo ou não de crescer.

    Tente conversar com ele sobre o costume de ficar bebendo sempre em bares, e veja se muda. Se é o hobby dele, é difícil mudar. Enquanto ele vai lá, por que você não faz algo que goste, com cinema com amigas, passeios ou qualquer coisa que te dê prazer?

    Meus melhores desejos.

    Um beijo.

  • Olá Drº, sou a Ana que escreveu o artigo…obrigada pela sua resposta. Essas questões tbém já passaram pela minha cabeça, sei que não é possível mudar as pessoas. Eu respeito muito o meu namorado e converso sempre francamente com ele a respeito de tudo. Gosto muito dele por isso estou procurando ajuda. Quando eu disse que cometi um erro grave em pagar o motel no início foi porque simplesmente as únicas vezes que fomos ao motel foram as que eu paguei pq depois que ele começou a trabalhar dedicava grande parte do seu tempo e dinheiro ao boteco, gastava fortunas com cerveja e nunca teve a iniciativa de me convidar pra ir ao motel com ele pagando…como eu fazia sem cerimônia alguma. Acho que o fato de eu pagar fez ele se acomodar. O que sobrava pra mim era todo fim de semana ir nas lanchonetes do bairro a noite. A parte em que vc menciona que tenho que ser mais independente não é cabível, porque sempre fiz meus cursos sozinha…os cursos que ele fez eu apenas incentivei e paguei mas não o acompanhei…justamente por isso. E eu nunca fui de pensar tanto com a razão, mas o problema é que fiquei realmente traumatizada com o meu primeiro relacionamento, pois eu trabalhava demais, inclusive em casa com tarefas domésticas, estudava demais, corria atrás demais, ganhava muito mais do que o meu marido – que tbém não dava muita importância a essas coisas, e nunca podia viajar nos feriados porque não tinha um carro e nem dinheiro por causa das contas de casa pra pagar, pois ele ganhava muito pouco…isso pra mulher é muito triste e cansativo…fiqui 6 anos amando loucamente o meu ex – mas o amor acabou de uma hora pra outra…nem eu entendi como uma coisa tão intensa poderia terminar? O meu receio é este, me sentir sobrecarregada e o meu sentimento ir gradativamente acabando assim como com meu ex. Sei que isso é um pouco de egoísmo, mas se eu continuar crescendo sozinha, como vc sugeriu, vai ter uma hora em que estaremos muito distantes. O que eu queria é que ele tivesse um pouco mais de iniciativa na vida, e não é para meu benefício não! Porque deixo bem claro que qualquer coisa que ele faça é pra ele mesmo, porque hj estamos juntos, mas como até ele mesmo fala, o futuro ninguém sabe. No início eu acompanhava ele nas bebedeiras e me sentia muito feliz com isso, hj me sinto insegura porque eu já tenho um filho e ele não, a minha responsabilidade é maior do que a dele e não posso me dar ao luxo de ficar enchendo a cara no boteco vendo a banda passar certo? Pois o pai do meu filho já é falecido então a situação se complica um pouco mais. Um grande abraço e parabéns pelo blog…gostei muito!

  • é um impasse grande.
    eu penso que ela quer crescer e melhorar e ele ainda não sente a necessidade de mudar.
    mas não acho que seja egoísmo dela querer que ele batalhe junto com ela por uma vida melhor.
    Acho que se cada um pensar em si e só nos seus objetivos o relacionamento é uma colcha de retalhos e você na verdade não tem um companheiro, mas alguém que só está temporariamente ao seu lado.

    Mas o dr. está certo, e se você quiser ficar com ele vai ter que lidar com isso. E forçar a barra pra que ele seja ativo como você não vai ajudar. E ele não está sendo egoísta, pois, pelo que falou, está constuindo uma casa e etc..
    Temos que aceitar as características e limitações da pessoa que amamos.

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