A maioria dos homens buscam e procuram mulheres com um brilho a mais, daqueles que surpreende, que hipnotiza. Mulheres que são independentes, estudadas, com bons empregos, que consiga levar uma boa conversa em qualquer mesa de amigos ou família.
Daquele tipo de mulher correta, que é focada no futuro e constrói o presente da melhor forma possível, daquelas que passam pela calçada e todos os homens espicham curiosamente os olhares para descobrir o que aquela mulher tem de diferente.
O namoro começa, o tempo passa e o homem começa a se incomodar com o que a mulher está se tornando. Não entende o porque ela é somente dependente dele para ser bem tratada, amada, cuidada e respeitada, e não para todo o resto. Inconscientemente, repetindo comportamentos dos pais, ele começa a repreender a sua amada.
Para ele, o fato de que ela possa não ser totalmente dependente, conjugado com a insegurança de perder essa mulher, faz com que ele sinta a necessidade em puxá-la para baixo, apontando e criando defeitos, fazendo críticas por maldade em capas de brincadeiras.
O foco principal é fazer essa mulher baixar a bola. Ficar com ela murcha. Na grande parte, ele pode até saber que esta fazendo algo errado, que está atravessando limites, mas o inconciente dele não permite que ele pare.
Quando uma mulher é humilhada, rejeitada ou seriamente atacada, físico e verbal, ela levanta a cabeça e toca para frente após um período de desconforto. O problema é quando essas agressões vem da pessoa que ela mais ama e deseja.
O amor deixa a mulher cega, inconsciente e por vezes permissiva a tortura.
Com palavras grosseiras, ofensivas, destruivas ele faz questão de deixar a auto estima da mulher no chão, sentindo um prazer inenarrável ao ver que ela está cedendo, aceitando o que está sendo dito e definhando ao vil deleite de um inseguro.
Muitas de nós, quando nos vemos em situações como essa nos sentimos esgotadas, feias, mal amadas, ciumentas, um lixo. A bruxa que surge das trevas que não presta para nada e nem ninguém.
Como pode alguém que amamos tanto e que tentamos fazer de tudo para cuidar e ter uma vida em harmonia, simplesmente sentir prazer em nos torturar inconscientemente? Não conceber a idéia de que você pode ser feliz, animada e que sua única função no mundo não é dar suporte a ele e nem ser saco de pancadas.
Quem está ou esteve em um relacionamento como esse dificilmente percebe. Somente se arrasta pelos cantos, se olha no espelho e vê alguém triste, infeliz, desgostosa com a vida.
Será que essa é realmente você? Esse lixo todo? Essa pessoa que não presta para nada e que só é criticada ao extremo e ainda se sente culpada por achar que ele possa te tratar assim, pois ele não adimitiria nunca que faz isso seja por prazer, seja por inconsciente?
O errado nessa situação é ele ou você?
Quem se permite?
O Primeiro passo quando já se está em estágio como esse é buscar ajuda, seja do terapeuta, da melhor amiga e ouvir, escutar o que estão te dizendo, quem vê de fora tem uma visão mais ampla. Repensar , processar, ter um tempo para você.
A Vida precisa voltar ao normal, sua auto estima precisar ser como Fênix, ressurgir das cinzas. Voltar a tona e começar a contrapor o que são defeitos seus reais e não defeitos potencializados por alguém tão fraco, que necessita ver você no chão.
Olhar se esse relacionamento doentio ainda é necessário na sua vida e estar pronta para tomar decisões, sejam elas de terminar, de conversar ou simplesmente virar a mesa e não permitir que esse jogo de domínio e tortura continue.
Você está pronta?
Karen F.
3 comentários No Torturar
Se depois de uma boa conversa "a tortura continuar" acredito que esse relacionamento está fadado ao fracasso. Parabéns pelo texto Karen F.
Muito bom…
Muito bom