Uma nova mulher

Houve um tempo, não tão longínquo, que a mulher se satisfazia e era criada apenas para gerar e todas as formas de aproximação masculina eram feitas com cautela, um cuidado muitas vezes excessivo, pois estavam lidando com um ser considerado frágil, dependente e delicado. Se olharmos apenas pelo lado romântico começaremos nesse instante a sentir um enorme pesar por vivermos tempos tão difíceis e diverso a esse.


Mas nem tudo nessa época eram flores, nem sempre a mulher era amada e protegida como todos pensavam, ao contrário, muitas mulheres eram violentadas, humilhadas, usadas sob a cobertura de um lar perfeito onde o homem era soberano e a mulher santificada.

Mudamos de forma abrupta a tudo isso quando deixamos de usar espartilho para afinar a cintura e começamos a freqüentar academias. Mudamos quando paramos de esperar o alimento escasso e começamos a trabalhar. Mudamos quando decidimos fazer sexo também por prazer e não só para procriar, quando começamos a dizer sim ou não a homens que estavam acostumados a receber como esposas mulheres que eram trocadas em acordos firmados entre famílias.

A nova mulher ganhou e perdeu com essas mudanças.

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Perdeu o direito de ser tratada como cristal, mas ganhou o olhar independente de quem pode ser dona do seu destino.

Perdeu o príncipe encantado montado num cavalo branco, mas ganhou um companheiro participativo, um pai mais presente na criação dos filhos e um amante preocupado em satisfazê-la.

Perdeu o título de rainha do lar, mas ganhou em respeito nas escolas, empresas, igrejas que hoje admitem que as mulheres aqui estejam para caminhar ao lado do homem que ama, juntando forças, trocando idéias, cooperando para o sustento da família.

Perdemos algumas coisas e ganhamos outras e cada uma de nós é responsável por tornar os ganhos maiores que as perdas. Fazendo-se respeitar, mantendo a família como parte imprescindível em sua vida, tratando de sua vida profissional com responsabilidade, mantendo a formosura e sensualidade inerente e o mais importante reconhecendo-se como mulher, sabendo que as diferenças devem ser aliadas e não adversárias entre homens e mulheres.

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Jussara de Melo, escrevo nas categorias crônicas e poesia e espero utilizar esse espaço como forma de recuperar o romantismo, a sensibilidade e a formosura feminina que nós mulheres todas temos dentro de nós. Nos meus textos você encontrará: amor, desejo, emoção, fantasia, esperança e muita paixão. Frase preferida: Antes de falar, escute. Antes de ler, pense. Antes de criticar, espere. Antes de orar, perdoe. Antes de desistir, tente. E-mail: [email protected]

7 comentários No Uma nova mulher

  • Obrigada pelos comentários…
    beijuss a todos vocês 🙂

  • Roberta S. Tavares

    Sara, acredito que a “Amélia” de Ataulfo Alves e Mario Lago, aquela que era mulher de verdade, teria tremendas dificuldades de viver nos dias de hoje. Mas pensando por outro lado, podemos afirmar que elas ainda existem, estão por aí sim..muitas vezes vivendo uma vida frustrada. Na minha humilde opinião qualquer homem é capaz de admirar e amar uma mulher de caráter forte, que não tem medo de dizer e fazer o que tem vontade. A mulher vem ganhando cada vez mais espaço no cenário global e devemos aproveitar esse momento. No entanto não podemos esquecer que o nosso diferencial é justamente a delicadeza com que executamos as coisas. Não podemos perder isso jamais…ou então…nos tornaremos homens de saias. Beijos!

  • Concordo com você Thaily Jalia Pereira, o agir com liberdade é muito diferente do que estamos vendo por ai…infelizmente
    Beijuss menina…da Sara 🙂

  • Adorei Sara!
    Realmente muitas coisas mudaram… e, acredito que, essa nova mulher muitas vezes assusta e, ao mesmo tempo, ganha a admiração dos homens.
    Porém há também aquelas que competem de forma boba com eles e aquelas que confundem liberdade com libertinagem e mancham o que construímos…
    Mas, felizmente, de modo geral, todas as mudanças que ocorreram nas últimas décadas contribuiram e muito para o crescimento e valorização da mulher.

  • É verdade Su…
    Apesar dessa dupla jornada, não reclamo, porque gosto de poder ter minhas coisas e de fazer o que gosto, quando quero, principalmente viajar.
    Em relação ao outro sexo…bom…os meninos tem que correr atrás do prejuízo e aprender também a conviver com essa nova mulher…mais participativa, mais dinâmica e entretanto que continua sendo mulher.
    Obrigada por curtir o CM
    xero da sara 🙂

  • Gostei Sara Mel bom texto..concordo com a sua ideia e acredito que a mulher conquistou seu espaço sem deixar muitas vezes de ter a sensibilidade que Deus a presenteou na sua criação. A mulher apesar de ser intitulada muitas vezes como sexo frágil..a bastante tempo sabe ser rainha dentro e fora do lar…principalmente hoje em dia que é difícil se manter no mercado de trabalho competitivo e criar filhos num mundo tão cheios de problema.

    Bjão

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